Crianças de projetos sociais foram levadas pelo Governo do Estado ao Rio OpenDivulgação/Secretaria de Esporte e Lazer
Publicado 26/02/2024 21:48
Rio - O tênis está ganhando espaço nas comunidades do Rio de Janeiro. Para democratizar ainda mais o esporte, a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer e o Rio Open, maior torneio da modalidade na América do Sul, proporcionaram uma experiência inesquecível para cerca de 130 crianças e adolescentes de projetos sociais. Durante toda a semana, eles puderam ver de perto grandes tenistas em ação no Jockey Club da Gávea, na Zona Sul do Rio.
"Abrir as portas de um evento tão grandioso como o Rio Open para crianças e adolescentes atendidos por projetos sociais reforça um compromisso genuíno com a inclusão social e o desenvolvimento humano. Ao proporcionar esse acesso, o Governo do Rio e o torneio estão não apenas oferecendo uma oportunidade de entretenimento, mas também plantando sementes de inspiração e esperança nas mentes jovens", disse o secretário estadual de Esporte e Lazer, Rafael Picciani.
Pelo menos seis iniciativas foram contempladas: Instituto Ivo Quirino e Irmãos Quirino de Tennis Social, Prática de Tênis em Pilares, Projeto Escolinha de Tênis Fabiano de Paula, Projeto BTT Bismarck Tennis Team, Projeto Social Vem Pro Tênis CRVG, além de crianças e adolescentes convidados pela Suderj, a Superintendência do Desporto do Rio de Janeiro.
"A gente assistiu a uma partida de tênis no estádio, viu o aquecimento dos atletas, tudo de perto. Foi bem legal, eu gostei muito", relatou Enzo Gabriel Justino de Souza, de sete anos, aluno do projeto "Vem Pro Tênis", instalado no clube Vasco da Gama.
O grupo de 25 crianças esteve nesta quinta-feira no evento assistindo à disputa entre o chileno Tomas Barrios Vera e o atual campeão do Rio Open, o britânico Cameron Norrie, que busca o bi no torneio ATP 500 fluminense.
"É muito bom sair de casa, esfriar a cabeça, jogar um pouco. É tipo um exercício também. Vi a partida do Norrie, mas estou torcendo para os brasileiros" contou Francisco Nicolas Rodrigues Oliveira, de oito anos, outro aluno do projeto.
Do sonho à profissão
Carlos Augusto Cunha, de 21 anos, é um exemplo inspirador de como os projetos sociais voltados à prática esportiva podem mudar a vida de uma criança. Ele começou ainda pequeno e naquela época só pensava em ser um atleta de alto rendimento. Sua jornada teve início no projeto Irmãos Quirino Tenis Social, onde hoje ele dá aulas de tênis e proporciona a outras crianças a mesma oportunidade que um dia recebeu.
"Eu comecei aos 11 anos, muitas pessoas duvidavam de mim, mas com dedicação e apoio do projeto, me tornei professor de tênis. Hoje tenho a chance de retribuir o que aprendi e inspirar novas gerações", compartilhou Carlos.
O projeto Irmãos Quirino existe há 39 anos na comunidade da Gardênia Azul, na Taquara, e atende a 120 crianças e adolescentes. Ivo Quirino, o fundador, conta orgulhoso das conquistas de seus alunos e diz que o segredo é disciplina e trabalho.
"Hoje nós temos uma jogadora em universidade nos Estados Unidos, temos jogadores da ATP, o Fábio Costa, que foi sparring do Djokovich e do Rio Open, saíram todos aqui do projeto irmãos Quirino. Com trabalho e disciplina, sempre teremos resultado na vida", afirmou Ivo.
Da Zona Norte, o projeto Tênis em Pilares, que já formou mais de 60 professores e beneficiou mais de 2 mil alunos, também marcou presença no Rio Open. Fundada há 13 anos, a iniciativa mostra o impacto positivo do esporte na vida das crianças. Valores como cortesia e respeito são ensinados juntamente com habilidades físicas, fortalecendo não apenas o corpo, mas também o caráter dos participantes.
No Clube de Regatas Vasco da Gama, o projeto Vem Pro Tênis, idealizado pelo professor Guillermo Gianelloni, vem promovendo a inclusão e a formação de jovens tenistas da Barreira do Vasco. Criado há três anos, começou para crianças a partir dos 7 anos de idade, mas acabou atraindo também os adolescentes. Hoje, 60 alunos fazem aulas no local.
"Estamos transmitindo a filosofia do tênis para crianças em uma fase crucial de suas vidas, e é gratificante ver o impacto positivo que isso tem", destacou Guillermo.
A Bismarck Tennis Team, escolinha social de tênis na Ilha do Governador, já atendeu a 700 crianças em 14 anos de existência. Atualmente, mantém uma parceria com o Projeto Gramachinhos, no antigo lixão a céu aberto em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
"Costumamos ir em praças públicas e apresentar o esporte para crianças que jamais teriam a oportunidade de ter contato com o tênis. Atualmente a escolinha conta com 50 alunos, e muitos deles já disputam torneios da Associação de Tênis do Rio de Janeiro e da Confederação Brasileira de Tênis", conta Bismarck Mendonza de Almeida, professor e administrador do projeto.
Incentivo ao Esporte

A Lei de Incentivo ao Esporte do Estado tem sido fundamental para viabilizar iniciativas como o Rio Open e fomentar o calendário esportivo estadual, que até agora já tem mais de 100 iniciativas programadas para este ano.
O fomento aos eventos não só aumenta a prática esportiva no território fluminense, como também desenvolve o turismo, o comércio, promovendo impactos econômicos em toda uma cadeia de serviços.
A Lei de Incentivo ao Esporte do Rio de Janeiro ainda conta com a Contrapartida Social. A medida reserva até 20% dos patrocínios dos eventos para projetos sociais e o investimento em equipamentos esportivos em áreas de vulnerabilidade social do estado, ampliando a oferta da prática de esportes à população e impulsionado projetos que transformam vidas e fortalecem a comunidade.
Somente em 2023, cerca de 120 iniciativas em todo o estado foram contempladas com apoio da Contrapartida Social da Lei de Incentivo ao Esporte do Rio de Janeiro.
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