Publicado 05/03/2024 14:46
Um vídeo que mostra uma mulher limpando a estátua do Daniel Alves, no último domingo, viralizou nas redes sociais. A obra, localizada na orla de Juazeiro, na Bahia, foi pichada com tinta por moradores no fim do mês de janeiro, após a condenação do lateral-direito por agressão sexual contra uma mulher de 23 anos no banheiro de uma boate, na Espanha, em 2022.
A sentença que ele deve cumprir é de quatro anos e meio de prisão e mais cinco anos de liberdade vigiada, mas o Ministério Público da Espanha pretende pedir o aumento da pena. A defesa vai recorrer.
No vídeo, a mulher que está limpando a estátua com detergente se identifica como Ana Lúcia e alega ser prima de Daniel Alves. Em conversa com quem a filma, ela relata o motivo de intervir na pichação.
"Eu gosto dele. Eu não sei o que falam, as coisas que falam dele não estão sendo bem vistas na minha família e na dele. A família dele está precisando de paz, ele também. Se eles querem respeito, nós queremos respeito também", diz. A estátua já foi vandalizada outras duas vezes. Em uma delas, os moradores cobriram o monumento com um saco preto e fitas adesivas.
Desde a condenação, muitas pessoas têm cobrado da prefeitura da cidade um posicionamento mais firme e a retirada da estátua do jogador do local. Mesmo assim, a gestão municipal afirmou que não vai se posicionar até que o processo seja concluído, visto que Daniel Alves pretende entrar com recurso para revisão da decisão em Barcelona, onde permanece preso.
Apesar de a prefeitura de Juazeiro não ter retirado a estátua nem se posicionado sobre o assunto, o Bahia, clube onde Daniel se profissionalizou, retirou uma imagem do jogador de seu museu no fim de janeiro. O registro estava ao lado de atletas históricos do time.
RELEMBRE O JULGAMENTO
O julgamento de Daniel Alves foi finalizado no dia 7 de fevereiro, quase 13 meses depois da prisão preventiva do jogador, que ocorreu em 20 de janeiro de 2023. A juíza Isabel Delgado Pérez, da 21ª Seção da Audiência de Barcelona, condenou Daniel Alves a quatro anos e meio de prisão.
Depois de cumprir a pena, ele deve passar por um período de cinco anos em liberdade vigiada. Além disso, ele não pode entrar em contato com a denunciante e deve manter distância de pelo menos um quilômetro da casa dela. A indenização por danos morais e físicos é de 150 mil euros (cerca de R$ 807 mil), valor que já foi pago com o auxílio do pai de Neymar.
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