Daniel Alves Arquivo / Uilses Ruiz / AFP
Publicado 22/03/2024 09:00 | Atualizado 22/03/2024 09:22
Rio - A defesa do lateral-direito Daniel Alves, de 40 anos, segue em busca de formas para conseguir pagar a fiança para o brasileiro deixar a prisão em Barcelona. De acordo com informações do jornal espanhol "La Vanguardia", as negociações, no momento, são por empréstimo de um banco não revelado.
Segundo a publicação, alguns bancos rejeitaram a possibilidade por conta de receio de que a situação abalasse suas reputações, porém, um acabou dando sinal verde. A defesa de Daniel Alves corre contra o tempo para que o lateral não perca o tempo máximo para conseguir a fiança.
Após a divulgação de que o lateral-direito poderia deixar a prisão em caso de pagamento de uma taxa, o nome de Neymar da Silva Santos, agente e pai de Neymar, apareceu como uma possibilidade. Porém, o empresário descartou auxílio ao ex-jogador do São Paulo.
Entenda o caso
Condenado em fevereiro por estupro contra uma mulher de 23 anos, Daniel Alves teve o pedido de liberdade provisória concedido pela Justiça espanhola na última quarta-feira. O Tribunal de Barcelona decretou a fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões) para o brasileiro. O jogador também não poderá sair da Espanha e vai entregar os passaportes em seu nome (brasileiro e espanhol) à Justiça local, além de comparecer semanalmente no Tribunal. Ainda cabe recurso contra a decisão. Ele alega inocência e recorre da sentença pelo crime de agressão sexual.
Em paralelo, o Superior Tribunal da Justiça da Catalunha (STJC) avalia dois recursos no processo que condenou Daniel Alves. Um do Ministério Público, que pede uma punição maior, de nove anos de prisão. Novamente, o argumento é de que há risco de fuga do jogador, mesmo depois de cumprido o tempo de prisão. Após o período em cárcere, Daniel Alves também tem mais cinco anos de liberdade vigiada e quase dez anos de manutenção de distância da vítima. A defesa espera absolvê-lo no STJC. Caso isso não aconteça, ainda há como recorrer no Tribunal Supremo de Madri, órgão máximo da Justiça espanhola. O mesmo rito processual vale para a acusação do Ministério Público.

O Tribunal de Barcelona, na Espanha, havia condenado Daniel Alves a quatro anos e seis meses de prisão pelo estupro de uma mulher de 23 anos em uma boate da cidade, além de cinco anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena, sendo proibido de se comunicar ou se aproximar da vítima. O crime ocorreu em dezembro de 2022, dias após a participação do jogador na Copa do Mundo do Catar com a seleção brasileira.
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