Publicado 29/04/2024 10:40 | Atualizado 29/04/2024 10:45
Rio - A Prefeitura de Juazeiro acatou a recomendação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e recolheu, nesta segunda-feira (29), a estátua de Daniel Alves. O ex-jogador, de 40 anos, foi condenado a quatro anos e meio de prisão por ter estuprado uma mulher no banheiro de uma boate de Barcelona, em dezembro de 2022.
PublicidadeA estátua de Daniel Alves, natural de Juazeiro, foi inaugurada em dezembro de 2020. A obra, produzida pelo artista Léo Santana, exibe o jogador, em tamanho real, com a camisa da Seleção e uma bola nos pés. Porém, desde que ele começou a ser investigado por estupro, o monumento foi vandalizado por moradores algumas vezes.
Em fevereiro, moradores de Juazeiro cobraram a retirada da estátua. A Prefeitura de Juazeiro, no entanto, afirmou que iria aguardar a decisão definitiva para definir o que fazer com a obra. Porém, acatou a recomendação do Ministério Público da Bahia, que ressaltou que a legislação proíbe homenagem a pessoas vivas realizada com bem público.
A recomendação foi realizada após procedimento instaurado pela promotora de Justiça Daniela Baqueiro. A Lei Orgânica de Juazeiro indica que "compete ao Município prover sobre denominação, numeração e emplacamento de logradouros públicos, sendo vedada a utilização de nome, sobrenome, ou cognome de pessoas vivas".
Além de quatro anos e meio de prisão, Daniel Alves ainda teria que cumprir cinco anos em liberdade condicional e pagar uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil). Porém, o ex-jogador conseguiu a liberdade provisória após pagar a fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões de reais), enquanto são examinados os recursos contra a condenação.
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