Publicado 16/05/2024 14:53 | Atualizado 16/05/2024 18:18
Rio - Ícone do rádio e torcedor ilustre do Flamengo, Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu nesta última quarta-feira (15), aos 87 anos. Ele estava internado no Hospital Samaritano na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, para tratar um câncer. O apresentador e comentarista da Super Rádio Tupi deixou três filhos, sete netos, uma legião de fãs, ouvintes, ex-companheiros e colegas de trabalho.
PublicidadeNos últimos momentos de vida, Apolinho acompanhava a vitória do Flamengo sobre o Bolívar por 4 a 0, pela Libertadores. No velório, realizado nesta quinta (16), na sede do clube, na Gávea, a filha contou que ele chegou a comemorar o terceiro gol antes de dar o último suspiro tranquilo e sereno. O diretor de futebol Bruno Spindel ressaltou, com carinho, que o comunicador será sempre lembrado pela Nação.
"Uma figura ilustre e que está na nossa história. Nossas emoções se confundem com a história do Flamengo. É um momento triste, mas pelo menos o Flamengo conseguiu dar essa última vitória de forma especial para ele, que ele possa carregar essa lembrança para sempre. Ele vai estar sempre na memória da Nação", disse.
Washington Carlos Nunes Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro em 1º de setembro de 1936. Na juventude, dividia seu tempo como bancário e como goleiro de futebol de salão, defendendo as cores do extinto Raio de Sol, de Vila Isabel. Sua carreira no rádio começou por acaso. Enquanto se recuperava de uma lesão, que o impedia de participar de um torneio de futebol de salão, recebeu um convite da Rádio Guanabara para fazer uma consultoria sobre o esporte.
Ele se destacou e acabou convidado para participar de um programa na rádio. Mais tarde, uma nova oportunidade surgiu para Apolinho. Isso porque dois jornalistas que transmitiam um jogo entre Vasco e Bonsucesso no Maracanã brigaram ao vivo. O diretor do rádio suspendeu a dupla por 15 dias e pediu para Apolinho trabalhar nas partidas de futebol naquele período.
Depois, foi para a Rádio Nacional, onde se tornou profissional, em 1966. Ele ficou até 1969, quando ingressou na Globo. Desde então, passou pelas Rádios Continental, Vera Curz, Tupi e Nacional. Apolinho, aliás, não trabalhou só na rádio. Também foi colunista dos jornais O DIA e MEIA HORA e comentarista de programas em diversas emissoras de TV, entre elas Globo, Tupi, TV Rio, Excelsior, TV Educativa, Manchete, Record TV e CNT.
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