O zagueiro Boateng pode deixar o Bayern ainda este mês. O jogador ainda tem mercado na Europa e deve permanecer por lá.AFP
Publicado 19/07/2024 17:30
A justiça alemã puniu, nesta sexta-feira, o ex-zagueiro da seleção da Alemanha e do Bayern de Munique, Jérôme Boateng, por causar danos físicos a sua ex-companheira, Sherin Senler, em acusação de violência doméstica que já durava desde 2019. O jogador recebeu uma multa suspensa, caso repita tais delitos, uma advertência, e pagará indenização para duas casas de caridade.
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A sentença da juíza Susanne Hemmerich, que presidiu um novo julgamento reaberto no mês passado, foi controversa e indica que Boateng terá de pagar uma multa de 200 mil euros (cerca de R$ 1,2 milhão) somente se cometer outro delito. Em contrapartida, o ex-zagueiro terá de desembolsar 50 mil euros (cerca de R$ 302 mil) para duas instituições de caridade como parte do acordo nos tribunais.
Hemmerich havia suspendido o processo no primeiro dia do julgamento, cobrando um reencontro entre o casal e um acordo conciliatório para "poupar as duas filhas do ex-casal" do processo público em torno do caso. A juíza ainda colocou as crianças como principais vítimas.
Mesmo negando veementemente as acusações de agressões físicas de Sherin Senler, Boateng teve de encarar os tribunais pela quarta vez. Tudo começou em 2019. Na época, o jogador negou ter batido e ferido Senler em julho de 2018, quando estavam de férias nas Ilhas Turks e Caicos.
Dois anos mais tarde, em setembro de 2021, Boateng foi considerado culpado de violência doméstica contra Senler e condenado a pagar uma multa de 1,8 milhão de euros (aproximadamente R$ 10,9 milhões), a mais alta punição financeira possível a ser imposta pelo Tribunal Distrital de Munique. Em novembro de 2022, nova condenação por agressão e multa de 1,2 milhão de euros a Senler, decisão que acabou anulada. O processo acabou reiniciado.
Além das acusações de Senler, Boateng ainda enfrenta acusações de agressão contra outra ex-namorada, Kasia Lenhardt, também de 2019. A investigação acabou encerrada em 2020, depois de Lenhardt decidir não fornecer mais declarações incriminatórias. O caso foi reaberto, entretanto, após sua morte em fevereiro de 2021, quando as autoridades receberam novas informações de polícia, o advogado do zagueiro rejeitou tais acusações.
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