Publicado 17/09/2024 21:54
Atleta de taekwondo do Afeganistão que vive na França desde 2021 após o retorno do Talibã, Marzieh Hamidi tem se mostrado ativa contra o regime autoritário em defesa ao direito das mulheres em seu país. Após publicações nas redes sociais, a lutadora recebeu milhares de ligações em tons de ameaça.
Publicidade"O primeiro telefonema veio do Afeganistão. Uma voz em afegão me disse que ele sabia meu endereço em Paris. Três mil ligações em 48 horas. Depois disso, parei de contar. Recebi ameaças de morte e estupro porque me oponho aos terroristas e àqueles que os apoiam. Eles me disseram que não podem levantar a voz no Afeganistão, e querem que eu seja a voz deles. Imagine que milhões de garotas no Afeganistão, que não têm proteção, estão com os terroristas, e ninguém pode ouvir sua voz", disse.
Hamidi é figura ativa na política para lutar pelos direitos em seu país de origem. Morando em Paris, ela se posicionou contra as restrições do Talibã às roupas femininas, educação e outras liberdades, como a presença feminina nos esportes.
Nos últimos dias, Marzieh Hamidi participou de um encontro na Assembleia Nacional Francesa, presidida pela deputada Yael Braun-Pivet, e concedeu entrevista ao diário "Le Figaro". Ela cobrou mais apoio dos movimentos feministas da França.
"Estou ainda mais chocada com a falta de apoio das feministas aqui. Eles querem que eu seja silenciado no Afeganistão, mas também na França, no coração da Europa."
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