Gianni Infantino, presidente da FifaAFP
Publicado 14/10/2024 10:26
Rio - A Fifa decidiu fazer mudanças nas regras de transferências. Após ser acusada de violar leis europeias pelo Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), a entidade máxima do futebol reconheceu a derrota no caso do ex-jogador francês Lassana Diarra e vai fazer adaptações no regulamento. A decisão é vista como uma possível revolução no sistema do futebol mundial.
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Em 2014, o francês Lassana Diarra teve o contrato rescindido com o Lokomotiv Moscou, da Rússia, sem reconhecimento da entidade, e foi condenado a pagar 10,5 milhões de euros (R$ 63 milhões na cotação atual) ao clube russo. O regulamento de transferências da Fifa prevê que um atleta que rescinde o contrato antes do término "sem justa causa" é responsável pelo pagamento da multa ao clube.
Na época, Lassana Diarra ainda tinha um ano de contrato com o Lokomotiv Moscou. O ex-jogador não reconheceu a rescisão, mas mesmo assim foi condenado a pagar a indenização. Por conta do imbróglio com o clube russo, o francês ficou um ano sem jogar futebol, já que o regulamento da Fifa também prevê que, neste caso, o clube que contratar o atleta se torna responsável pelo pagamento da multa.
O Tribunal da União Europeia determinou que as regras da Fifa violam as leis europeias e afirmou que as regras têm como objetivo a "restrição da concorrência" e que "não parecem ser indispensáveis ou necessárias". Após o parecer da União Europeia, os tribunais da Bélgica, onde o caso foi julgado, investigarão mais a fundo o caso.
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