Publicado 22/10/2024 10:15
Rio - Considerados os três maiores jogadores de todos os tempos, Rafael Nadal, Roger Federer e Novak Djokovic protagonizaram uma grande rivalidade neste século. Ao longo dos últimos 20 anos, os tenistas se enfrentaram em 150 ocasiões, incluindo diversas decisões dos principais torneios de tênis do mundo. A história do trio no esporte, no entanto, caminha para o fim.
PublicidadeRoger Federer foi o primeiro a encerrar a carreira, em 2022. Rafael Nadal é o próximo. O tenista espanhol, de 38 anos, vai escrever a última página de sua história no tênis no torneio de seleções da Copa Davis, que será realizada entre os dias 19 e 24 de novembro. Em entrevista ao jornal espanhol "As", o veterano recordou da caminhada e elegeu o seu maior rival.
"Djokovic é o jogador que mais enfrentei, mas o meu maior rival foi o Federer. Quando cheguei ao circuito, era ele quem estava lá. Nos anos em que estive no melhor da minha carreira, em todos os sentidos, foram Federer e Djokovic. Mas, nos primeiros, que são os que te marcam de forma especial, o Federer esteve presente", disse o tenista espanhol.
Ao longo da carreira, Rafael Nadal sofreu com lesões, sobretudo nos últimos anos. A tendinite no joelho direito, causada por uma lesão sofrida em 2007 num embate com Roger Federer em Wimbledon, foi o seu maior pesadelo. Problemas no quadril ou musculares também atormentaram o espanhol. O tenista elogiou a condição física do rival Djokovic e crê que isso foi o diferencial entre os três.
"Os números dizem que ele (Djokovic) é o melhor. Além disso, é quem tem conseguido ficar mais longe das lesões. Quando você não tem limitações ou lesões que perduram no tempo, isso não só te afeta no nível físico e te dá opções para vencer, mas também gera uma ausência de medo. Isso permitiu que Djokovic mantivesse seu nível físico e mental por mais tempo. Não é desculpa. Graças a isso ele é o melhor e realmente mereceu ser assim", destacou.
Rafael Nadal, Roger Federer e Novak Djokovic combinam 66 títulos de Grand Slams na carreira. O sérvio é o recordista com 24 conquistas, seguido pelo espanhol com 22 e pelo suíço com 20. Apesar de ter sido superado por Djokovic já no fim da carreira, Nadal garante estar satisfeito com a sua trajetória no esporte e crê que teve sorte em meio a tantas lesões sofridas.
"Não estou nem um pouco mais satisfeito que o Federer por ter 22 títulos e ele 20. E não acho que ficaria mais satisfeito ou feliz se tivesse 25. Acho que, no final, você aprecia por ter conseguido dar tudo de si, viver e fazer de um dos seus hobbies de infância uma parte muito importante da sua vida. Me sinto muito sortudo, apesar das lesões. O fato de ter tido todos esses problemas me fez sempre valorizar todas as coisas positivas que aconteceram", finalizou.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.