Estevam Soares era treinador do Patrocinense - Divulgação / Patrocinense
Estevam Soares era treinador do PatrocinenseDivulgação / Patrocinense
Publicado 16/03/2025 13:58 | Atualizado 16/03/2025 13:58
O técnico Estevam Soares, de 68 anos e com passagem pelo Botafogo, foi investigado por possível envolvimento na manipulação do resultado entre Patrocinense e Inter de Limeira, pela Série D do Campeonato Brasileiro de 2024. No entanto, ele negou qualquer conhecimento sobre o esquema. A Polícia Federal abriu a investigação após indícios de irregularidades na partida e segundo o inquérito, o placar foi combinado por indivíduos ligados ao Patrocinense para beneficiar apostadores.
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Como era o técnico do time mineiro na época, Estevam foi um dos sete investigados, mas seu envolvimento direto na fraude não foi comprovado. No entanto, o STJD o multou em R$ 20 mil por não denunciar as irregularidades. Em entrevista ao GE, ele negou conhecimento do esquema e afirmou que só suspeitou ao final de sua passagem pelo Patrocinense.

"Já no final, começaram a surgir alguns rumores dentro da própria cidade. A gente ouvia um falar, outro falar. Mas ninguém chegou para mim e falou: 'pô, professor, vieram tentar me aliciar aqui'. Foi depois da própria denúncia que eu comecei a pôr a cabeça pra pensar, comecei a analisar, comecei a lembrar de lances, a lembrar de acontecimentos", explicou.
"Como é que eu vou denunciar uma coisa que eu não tenho certeza? Eu posso me comprometer. Não sei quem estava por trás, se é que tem quem está por trás", completou.
O auditor do STJD, Rodrigo Aiache Cordeiro, afirmou que mensagens retiradas do celular de Estevam, pela Polícia Federal, indicam seu conhecimento sobre o esquema. Em entrevista, o treinador citou uma dessas conversas, mas alegou que se referia à fase ruim do time, não à manipulação de resultados.

"A bagunça é que os caras [os jogadores] estavam na noite, que os caras talvez não estivessem se cuidando. A gente estava discutindo em cima disso, em cima da parte técnica, da parte física, principalmente a parte física, por que havia uns decréscimos em determinados momentos da partida. Mas isso aí [fraude] nunca passou pela cabeça", disse Estevam.

Os advogados de Estevam Soares, Renato Teixeira da Costa e Nanci Butori, declararam em nota que o treinador "não teve qualquer envolvimento nem se beneficiou de esquemas ilícitos. Além disso, informaram que ele recorreu da condenação por omissão, argumentando que não existem provas concretas de que ele tivesse conhecimento das irregularidades.
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