Publicado 27/04/2022 12:02
Rio - A modelo brasileira e musa do Botafogo Cristina Mendonça vive na Itália e sabe que, infelizmente, os dois países, o que nasceu e o que mora, têm algo em comum: o preconceito racial. Ela conta que sofre preconceito desde que chegou no país da Europa.
"Logo assim que eu cheguei na Itália, em 2015, fui discriminada por um scooter de uma agência que trabalhei. Sofri racismo em restaurantes e lojas, pediram para olhar minha bolsa sem nem mesmo o alarme tocar. É bizarro o tratamento aqui, ainda mais quando você é negro e “imigrante” o preconceito e ainda maior", relata.
"Logo assim que eu cheguei na Itália, em 2015, fui discriminada por um scooter de uma agência que trabalhei. Sofri racismo em restaurantes e lojas, pediram para olhar minha bolsa sem nem mesmo o alarme tocar. É bizarro o tratamento aqui, ainda mais quando você é negro e “imigrante” o preconceito e ainda maior", relata.
Mas no Brasil a opressão à população negra não é tão diferente. Cristina conta que sofreu muita discriminação desde à infância. Por isso, chegou a alisar os cabelos.
"Sofria preconceito por ser negra e muito pelo meu cabelo. Eu cheguei a usar química pra ficar alisando os cabelos para ser aceita pela sociedade", recorda.
Ela conta que usou química nos cabelos durante muito tempo. Só recentemente passou a aceitar os fios.
"Há 3 anos, cortei meu cabelo e comecei a transição. Não tem nada melhor que o natural. Me sinto liberta e posso ser várias versões em uma só, sem estragar meu cabelo", afirma.
Por isso, ela acha importante levantar essa bandeira na luta contra essa prática que é estruturada.
"Eu levanto sempre. E hoje me imponho muito mais. Não abaixo a cabeça diante de nenhuma situação de racismo ou injustiça. Sou cidadã igual a qualquer outra, pago meus impostos no Brasil e aqui na Itália, tenho direitos iguais a qualquer branco , não é a cor da pele que muda quem realmente somos. Isso se chama caráter", disse.
Cristina listou homens e mulheres que usa como inspiração para se aceitar e se amar cada dia mais
"No Brasil, Glória Maria, Taís Araújo, Lázaro Ramos, Gilberto Gil e Marielle Franco. No exterior, Naomi, Obama e Michelle, Rihanna, Kobe, Mandela, Nina Simone, Michael Jackson, Bob Marley", elencou.
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