Publicado 03/05/2022 09:33
Rio - A 'Era Textor' tem tudo para marcar a história do Botafogo. Sendo o primeiro elenco reforçado desde a compra de 90% da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) pelo investidor americano John Textor, a chegada do técnico Luís Castro também pode gerar significado. Durante o programa "Bem, Amigos", do "SporTV", treinador afirmou que, ao receber o convite para comandar equipe alvinegra, relembrou de ídolos do clube e disse que seu maior sonho é deixar um legado de sucesso.
"Nós quando somos convidados para um clube gostamos sempre de saber do passado do clube. Quando se fala do Botafogo lembramos de Garrincha, Jairzinho, Nilton Santos, lembramos sempre do maior feito do Brasil que foi o tricampeonato mundial. É um desafio grande. Eu fui mais um treinador a ganhar um título no Al-Duhail, no Shakhtar, no Porto. Mas no Botafogo posso ser o treinador que pode estar na base de um grande futuro. Sei que meu trabalho pode acabar, porque nós somos treinadores dignos e honestos quando ganhamos, mas é assim. Mas o tempo em que eu estiver aqui quero deixar uma marca para um futuro de sucesso", afirmou.
Com o sucesso de treinadores portugueses pelo mundo, não só no Brasil, Castro analisou os trabalhos de José Mourinho, técnico português, que conquistou a Liga dos Campeões por Porto e Internazionale, além de ter feito sucesso em Chelsea e Real Madrid, como ponto de virada nesse processo.
"Eu não faço diferença entre técnicos brasileiros, portugueses, ingleses. Todos têm qualidades, olham para o futebol de forma muito competente. Percebemos que no caos é difícil conseguir resultados, percebemos que um jogo organizado permite aos grandes talentos apresentarem mais suas qualidades. Há claramente um ponto de virada com José Mourinho, não que antes dele não tinha grandes treinadores, quando foi campeão europeu no Porto", disse, antes de emendar:
"(Mourinho) É campeão no Chelsea, na Inter, também na Espanha. As coisas acontecem pelo método, na forma como organiza as equipes. Então, temos que nos guiar pelas referências mais positivas, e nasce um conjunto de treinadores com ideias diferentes, com organização. E exigências em treinos e em jogos. O jogo tem que ser claramente o espelho na nossa organização durante a semana.", concluiu o pensamento.
A transformação do Botafogo em S/A com os investimentos de Textor, o técnico direcionou o caminho que o empresário americano deve seguir e ainda lembrou que o mais difícil é alcançar movimentações e ganhar títulos ao mesmo tempo.
"Quer descobrir jogadores em sua academia, desenvolver e fazer negócios. E também outro modelo é contratar bem, desenvolver e depois conseguir uma boa rentabilidade. O mais difícil do futebol é fazer isso ganhando títulos, ganhar ao mesmo tempo. Isso faz parte do futuro do John Textor. O que eu sinto do futebol brasileiro é um jogo competitivo, com bons treinadores. Nunca temos certeza dos resultados, há candidatos para ganhar títulos, mas não candidatos para ganhar jogos.", disse.
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