Publicado 23/06/2022 15:53
Rio - John Textor deu sua primeira entrevista ao vivo na TV brasileira na tarde desta quinta-feira. Na bancada do "Seleção SporTV", o acionista majoritário da SAF do Botafogo respondeu sobre o cenário atual do clube e lamentou a invasão na última semana ao Espaço Lonier, local que tem sido utilizado pelo Glorioso como CT. Segundo ele, o protesto tem atrapalhado a negociação com alguns jogadores.
"O jogador que antes podia vir pode não vir mais por causa daquele dia (da invasão). Você tem direito de berrar "vergonha", mas isso faz o seu time ganhar? Isso faz o seu time jogar melhor no segundo tempo? No estádio, eu peço que os torcedores apoiem nossos jogadores e pensem como podem ajudar esses jogadores. Segure seu grito de vaia, é o que eu peço", disse o empresário.
Questionado se uma das negociações afetadas foi a do atacante Zahavi, Textor preferiu não entrar em detalhes.
"Eu hesito em falar da pessoa, mas as pessoas sabem de quem estou falando. Um grande jogador, veterano, traz mulher, filhos, família. Ele não está obrigado a vir. É público que gosta do nosso projeto, do momento, do Brasil, tem interesse, mas já foi divulgado que houve questões de segurança em outros clubes. Não quero focar no Zahavi, mas está afetando toda conversa com jogadores na Europa. Foi mais transmitido na Europa que aqui. É uma péssima reflexão", completou.
Em relação às especulações sobre as chegadas de Cavani e James Rodríguez, Textor admitiu que fez uma sondagem aos dois astros. Apesar do atacante uruguaio estar descartado, o americano afirmou que espera convencer o meia colombiano a aceitar o desafio de jogar no Brasil.
"A história do Cavani foi verdade, o James... Ele me disse que está em busca de um novo desafio. Conversamos com ele, espero poder convencê-lo. Mas não se trata só de nome famoso, ele tem que jogar bola."
Textor também falou sobre sua relação com o Botafogo desde a compra das ações da SAF e relembrou sua emoção após a vitória contra o Fortaleza, quando exaltou o clube e a torcida em entrevista ao Premiere.
"É diferente. Eu me enganei aquele dia, eu não sabia que estava sendo filmado, meu irmão brincou comigo muitas semanas depois sobre aquilo. Muita coisa se desvendou. O jogo tinha acabado há uns 20 minutos, pediram para que eu segurasse a bandeira. Eu vejo os torcedores... Foram anos de resultados ruins. Eu sinto uma responsabilidade por esse clube que eu não sinto no Crystal Palace. O Botafogo é minha responsabilidade", afirmou Textor.
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