Publicado 18/08/2022 12:46
Rio - Presidente do Botafogo no título brasileiro de 1995, Carlos Augusto Montenegro comentou as movimentações no clube. O ex-dirigente mostrou-se a favor da SAF, mas criticou as contratações feitas para o elenco. Além disso, para ele, o dinheiro injetado por John Textor não está sendo a solução para o medo de cair novamente para a Série B.
"Há dois anos, eu estava em um comitê, com pessoas tentando ajudar, não deu nada certo. O elenco era até bonzinho, teve cinco treinadores, mas foi um fiasco. Agora, com milhões entrando, a situação é igual, medo de cair, medo disso, medo daquilo. Mostra que não é só dinheiro. Eu acho que eu contrataria melhor com esse dinheiro. Botou R$ 100 milhões, dá para montar um time. Não adianta só pegar garoto de 21, 22, 23 anos para ganhar dinheiro depois. Precisam de jogadores experientes do lado para eles crescerem. As pessoas têm que conhecer e saber", opinou em entrevista ao canal no Youtube "Cara a Tapa, do jornalista Rica Perrone, e completou:
"Sou a favor da SAF porque não tínhamos como pagar R$ 1 bilhão de dívida, não ia conseguir concorrer, disputar campeonato com Flamengo, Palmeiras, Atlético-MG, São Paulo. Não ia conseguir. Ia ficar sempre entre o décimo e o 20º, brigando para não cair, caía, voltava. Se Deus quiser vai acabar esse ano, vai se preparar direito em 2023 e em 2024, 2025 vai voltar disputar títulos importantes. Essa é a perspectiva.", pontuou.
O ex-presidente também defendeu Luís Castro. Com muitos jogadores no departamento médico, o treinador não consegue exercer o trabalho planejado e acaba sendo alvo de críticas pelo rendimento da equipe. Montenegro lamentou o momento e disse que o português não está dando sorte, mas que deveriam confiar nos planos dele a longo prazo.
"É um ano de transição. Não pode cair, tem que torcer para ficar por aí. Não deu sorte, muitos contundidos, ele está conhecendo o Brasil. Ficar trocando técnico toda hora não é legal. Eu manteria ele. É um projeto. Quando chega, tem parte do elenco vindo da Série B, uma parte foi contratada no começo deste ano, outra parte chegou ontem. É complicado, porque futebol é uma família, tem que treinar, estar junto. Pega os últimos três jogos, cada um foi um lateral-esquerdo, o Marçal, o Daniel Borges, o Hugo. Acaba ficando um bando, não time. A culpa não é do técnico, o jogador está no DM, o que ele que vai fazer? Um surto de diarreia na outra semana… É difícil. Mas acho que o Botafogo não tinha plano B.", concluiu.
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