Publicado 14/09/2022 13:01
Rio - O coordenador médico do Botafogo, Gustavo Dutra, deu detalhes sobre o atendimento ao lateral Rafael no jogo contra o Fortaleza, quando o atleta se chocou com o adversário, ficou desacordado e acabou fraturando a face. Em entrevista ao ao podcast “Glorioso Connection”, ele contou que, ao acordar, o atleta não se lembrava do ocorrido.
"Esse caso específico teve dois problemas, dois diagnósticos: a concussão cerebral e a fratura, o afundamento. Quando o Rafa tem essa reação, ele não sabia o que estava fazendo ali, era uma reação de agitação à concussão cerebral. Ele não lembra o que aconteceu, ele só lembra que subiu para disputar a bola. Quando eu chego nele, ele ainda não está acordado, começa a fazer pequenos movimentos e me fala: “Eu me machuquei? Quero jogar!”. Só por ele já ter perdido a consciência, ele já sairia do jogo", contou Gustavo.
"Quando eu deixei ele sentado, fazendo exame pupilar, depois algumas perguntas e estímulos verbais, ele respondeu todas. Quando ele acordou sabia onde estava, o nome dele, estava lúcido, orientado, e só queria voltar a jogar, porque ele só foi lembrar depois o que aconteceu. Ele sairia por qualquer um dos dois diagnósticos", completou.
Gustavo também falou sobre o risco que seria caso Rafael permanecesse em campo.
"Um segundo trauma craniano que gera concussão cerebral pode levar o atleta ou paciente ao óbito. Porque são movimentos rotacionais na cabeça que geram a perda de consciência. A concussão pode dar dor e dormência nas braços e pernas, dificuldade de ficar em pé, tontura, visão turva ou até mesmo perder os sentidos de momento. Ou não ter nada disso, você permitir que ele volte a jogar e aí avisar a ele: “Qualquer alteração você me sinaliza”", finalizou.
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