Publicado 04/10/2022 15:54
Rio - Maior investimento da história do Botafogo, tendo custado 6 milhões de euros no início da temporada (cerca de R$ 33 milhões na cotação da época), o volante Patrick de Paula deixou de ser esperança na reconstrução do Glorioso em seu primeiro ano como Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e virou última opção no elenco comandado pelo português Luís Castro.
'PK', como é conhecido, desembarcou em General Severiano carregando o status de uma das maiores transações de 2022 no mercado interno - tendo em vista seu posto de revelação do Palmeiras, bicampeão da Libertadores.
Sua adaptação com a camisa do Botafogo, no entanto, não pareceu ser algo simples. Mesmo criado no Rio de Janeiro, o volante não conseguiu engrenar no Brasileirão. Apesar da qualidade inquestionável, o camisa oito colocou um ponto de interrogação na cabeça dos torcedores. Qual é o real motivo das ausências constantes nas últimas listas de jogadores relacionados para os compromissos do Alvinegro?
Ainda na primeira crise futebolística do novo projeto, quando o Botafogo perdeu quatro jogos consecutivos no primeiro turno, para Coritiba, Goiás, Palmeiras e Avaí, Patrick de Paula foi um dos principais alvos dos protestos realizados no CT do Espaço Lonier. O tempo passou, o cenário mudou com as chegadas de novos reforços, mas o jovem segue sendo apenas mais um no plantel.
Falta comprometimento?
A última aparição do atleta foi na 20ª rodada do Brasileirão, na derrota por 1 a 0 para o Corinthians, no dia 30 de julho, em Itaquera. Neste período, o jogador sofreu com uma paralisia facial, que o afastou das atividades por algumas semanas. Recuperado e liberado para voltar a ser relacionado por Castro, 'PK' tem decepcionado no dia a dia do clube. Foi o que apontou o treinador em entrevista coletiva concedida após o revés para o Palmeiras, pela 29ª rodada, por 3 a 1, no Estádio Nilton Santos.
"Eu trabalho com ele, eu que sei se estão ou não em condições. Para mim, a semana de trabalho é sagrada. Respeito e dignidade no trabalho para mim são valores fundamentais", disse o comandante do Alvinegro, em trecho que explicava as ausências.
Com grande reformulação no meio-campo devido à ação na janela de transferências, Patrick virou a última opção do elenco. Com o titular Tchê Tchê sendo peça intocável no esquema tático e mesmo com as negociações de Barreto e Luís Oyama, o jogador foi passado para trás pelos jovens Del Piage, cria das categorias de base, e Jacob Montes, norte-americano contratado junto ao Crystal Palace, equipe inglesa que também tem John Textor como acionista.
Jogador está nos planos de John Textor
Há cerca de um mês, em entrevista concedida à jornalistas independentes, John Textor afirmou que o Botafogo recebeu sondagens por Patrick de Paula, mas destacou que não tinha como objetivo se desfazer do atleta mesmo que seu rendimento não seja o esperado em 2022.
"Não tenho qualquer dúvida sobre o dinheiro que pagamos pelo Patrick, é um jogador extremamente talentoso, muito único como jogador. Acho que é óbvio que ele está tendo um momento complicado em relação a entregar exatamente o que o treinador quer dele. Ainda tenho muita esperança nele", comentou o acionista da SAF.
Patrick de Paula chegou ao Botafogo no fim de março e assinou contrato até o fim de 2026. O volante tem 17 jogos na temporada com a camisa do Glorioso, dois gols anotados e uma assistência
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