Publicado 03/07/2023 09:00 | Atualizado 03/07/2023 12:08
Vencer um clássico é sempre especial, mas o triunfo do Botafogo sobre o Vasco por 2 a 0 no Estádio Nilton Santos, no último domingo, foi além. Mesmo com a recente saída de Luís Castro, o conceito de família dentro do Alvinegro permaneceu, e os jogadores repetiram o bom futebol que a torcida se acostumou a ver.
Havia, claro, certa dúvida sobre como o Botafogo se postaria na partida. O Glorioso é o líder isolado do Brasileirão, mas o quanto a saída da comissão técnica a poucos dias de um clássico poderia impactar os jogadores? O psicológico seria afetado? O time teria problemas jogar? O recém-chegado técnico interino Cláudio Caçapa acertaria nas substituições?
Tudo foi respondido dentro de campo. O Alvinegro ditou o ritmo da partida e permitiu poucas oportunidades ao Gigante da Colina. Além disso, as alterações de Caçapa funcionaram. O segundo gol, por exemplo, foi construído por dois jogadores que entraram na etapa complementar: Kayque (assistência) e Carlos Alberto (gol).
"A força do grupo. Independente de quem está na beira do campo, foi sempre a gente que trabalhou forte, foi sempre a gente que deu o máximo dentro de campo. Independente de quem esteja ali, vamos estar sempre correndo, sempre se esforçando pelo Botafogo. Isso que é o forte da nossa equipe: junta e unida, independente de quem for jogar, vai estar sempre dando o máximo", comentou Luis Henrique.
Além da parte tática e técnica, que se mostrou intacta, também foi possível ver a união entre os jogadores, como Luis Henrique pontuou acima. Após o gol de Carlos Alberto, Di Plácido e o próprio atacante ergueram a camisa de Rafael, que precisou ser substituído ainda no primeiro tempo por causa de uma grave lesão no joelho esquerdo. Já no vestiário, todos gritaram o nome do lateral-direito.
"Sempre foi (unido). Desde quando cheguei, foi sempre um grupo muito unido com ele. Ele (Luís Castro) deixou esse legado de respeito, de união e família. Vai ser isso que a gente vai continuar fazendo, correndo um pelo outro. Vão aparecer os talentos individuais, mas sempre em prol do Botafogo", disse Carlos Alberto.
"Na questão de levantar a camisa para o Rafa, pude concentrar com ele, dividir um quarto com ele. É um cara que merece todas as coisas boas, não merece estar passando por isso. São coisas do futebol, a casos da vida. Sei que ele vai voltar muito mais forte", completou.
O Campeonato Brasileiro, claro, é longo e sequer está na metade. No entanto, em meio à perda de um pilar importante do projeto, o Botafogo mostrou sua força e deixou o recado de que pode continuar forte na briga pelo título.
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