Publicado 26/07/2023 16:25
Rio - Um dos destaques do Botafogo na temporada e já tendo seu nome ligado à seleção brasileira para convocações futuras, o zagueiro Adryelson enfrentou problemas familiares que, por pouco, não o fizeram abandonar a carreira de jogador ainda nos primeiros passos.
O principal foi a perda do avô, conhecido como "Chico da Usina", que trabalhava com manutenções mecânicas em Barão de Grajaú, no Maranhão, terra natal do jogador, quando ele tinha apenas 15 anos, em 2013. Em depoimento no "Culto dos Atletas", Adryelson revelou o drama.
"Naquele momento, fiquei sem chão, não sabia o que fazer da minha vida. Estava no meio de uma competição e perguntava pra mim mesmo o que faria. Meu vô morreu, fui criado por ele e a partir dali seria o homem da casa. Quem ia cuidar da minha vó, da minha irmã e do meu sobrinho? Minha mãe tinha ido morar em São Paulo e meus pais são separados. A responsabilidade ficou toda para mim. Eu não sabia o que fazer, pensei em sair do Sport, trabalhar por lá mesmo e ficar mais perto da minha família", disse.
Adryelson logo cresceu no Sport, virou uma das grandes promessas e conseguiu chegar aos profissionais do Leão - antes de chegar ao Botafogo, ele também passou pelo sub-20 do Palmeiras e pelo Al-Wasl, dos Emirados Árabes. Hoje, com 25 anos e referência na posição no futebol brasileiro, ele valorizou o legado de seu avô e a responsabilidade criada.
"Ele era um homem muito especial, e eu tive que assumir as responsabilidades de casa. Hoje sou eu quem os ajudo. Meus pais, minha irmã, meu sobrinho. E é tudo para honra e glória do Senhor. Não desisti e venci. Devo muito ao meu vô, pelo homem que me tornei."
O "Culto dos Atletas" aconteceu na Igreja Evangélica Batista Atitude, na Barra da Tijuca. O encontro religioso também contou com Philipe Sampaio, zagueiro, Júnior Santos, atacante, e Lucio Flavio, auxiliar, todos do Botafogo.
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