Luís Castro deixou o Botafogo na liderança do Brasileirão e foi dirigir o Al-NassrVitor Silva / Botafogo
Publicado 21/08/2023 15:39
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Riad (SAU) - Atualmente no Al-Nassr, o técnico Luís Castro relembrou sua passagem no Botafogo. O português, que deixou o clube em junho para comandar o astro Cristiano Ronaldo na Arábia Saudita, exaltou a temporada de 2022 na formação do grupo e pediu medalha em caso de título do Campeonato Brasileiro.
Em seu primeiro ano, Luís Castro passou viveu altos e baixos, sofreu com pressão das arquibancadas, mas, no fim, quase levou o Glorioso à Libertadores precisando de uma vitória na última rodada. Em meio à reformulação, com chegada de grandes nomes, o time deslanchou em 2023 e ocupa a liderança de forma isolada na tabela de classificação. Para ele, o processo foi importante.
"O Botafogo sendo campeão, como eu espero que seja esse ano, esse título que poderá conseguir tem muito, muito, muito da temporada passada. Ela foi decisiva para o que está acontecendo esse ano. Foi uma temporada de crescimento, de doutrinar muita gente lá dentro que estava sofrida, desconfiada, que não estava sendo respeitada durante muito tempo, porque é fácil maltratar quem está por baixo", iniciou o treinador, em entrevista ao "Canal Goat".
Quando aceitou o desafio de treinar o Al-Nassr, Luís Castro deixou o Botafogo com 30 pontos na tabela de classificação em 12 rodadas disputadas, tendo sete de vantagem em relação ao Grêmio. Atualmente, o Glorioso soma 48 em 20 jogos, e tem 11 de frente para o Palmeiras, vice-líder. Para o português, que foi substituído interinamente por Cláudio Caçapa antes da chegada de Bruno Lage, cada profissional merece ser recompensado em caso de confirmação do título brasileiro.
"Uma medalha para o Caçapa, uma medalha para o Luís Castro e três medalhas para o Bruno (Lage), acho que cabe bem (risos). Não sei se isso vai acontecer, mas… As medalhas das nossas vidas são muito mais daquilo que nós sentimos e pelo reconhecimento do que a medalha em si", destacou.
O ex-comandante do Alvinegro, contratado logo após a aquisição da SAF por parte do empresário estadunidense John Textor, relembrou como funcionavam as coisas após o retorno da Série B e os trabalhos feitos para que, atualmente, o Botafogo seja apontado como referência.
"Não tínhamos campo para treinar. Fomos à Aeronáutica, ao campo anexo do Nilton Santos, ao Lonier todo quebrado… Mas, pronto, construímos, em oito meses tínhamos um vestiário para todos os jogadores, em 15 dias deixamos de o almoço ser um sanduíche de carne para ser três pratos no refeitório, deixamos de tomar banho frio para tomar banho quente na sala onde eu me arrumava, deixei de ter os bichos lá dentro, passei a ter um lugar mais limpo. Construímos. Hoje é um clube credível, que o mundo olha com muito respeito e, embora nunca tenha perdido seu prestígio, seu prestígio ficou mais brilhante, sua estrela brilhou mais, seu fogo aumentou."
 
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