Publicado 17/05/2024 14:30
Rio - Carlos Augusto Montenegro foi uma figura importante na história do Botafogo durante décadas. Foi o presidente responsável pela conquista do título brasileiro de 1995 e também por ajudar o clube financeiramente em diversos momentos neste século. Ele teve um papel semelhante de John Textor, numa época em que não existia SAF. Por isso, ele não esconde a admiração pelo americano.
Publicidade"O meu gosto sempre foi futebol mesmo. Na hora que você tem um ente querido, como é o Botafogo para mim, morrendo, vai virar, com todo respeito, um time menor, você fica desesperado. Tem que fazer alguma coisa, entendeu? Por isso que hoje o John Textor é meu ídolo, meu herói", disse em entrevista ao "ge".
"Ele veio de fora e acreditou no projeto, no nome, na marca e na torcida. Assumiu R$ 1 bilhão e pouco de dívidas, botar mais de R$ 400 milhões. Já botou R$ 500 milhões. Ele tem outros times, mas tem um carinho especial pelo Botafogo", completou o ex-presidente do clube.
Montenegro evita calcular quanto já investiu no Botafogo com empréstimos para desafogar o clube. Na entrevista, revelou que o último aporte foi de R$ 15 milhões, mas obteve o retorno. Ele não escondeu as dificuldades de administrar um clube com dificuldades financeiras e pouco poder financeiro, mas sempre fez de tudo para superar os obstáculos.
"Quem aceita ser presidente é maluco, porque é administrar uma coisa falida, sem perspectiva e que não tem receita. O grande problema não é a dívida chegar a 1 bilhão de reais como chegou (no Botafogo) antes da SAF. O problema é que você não tem receita para o cotidiano", afirmou Montenegro, que relembrou a última ajuda em 2020.
"Você tem um paciente que está terminal, está respirando com aparelho, precisa de oxigênio ou transfusão de sangue... Não morreu ainda. O Botafogo estava assim. Eu ajudava no oxigênio para o Botafogo não morrer, sempre na esperança de alguém aparecer, e apareceu", finalizou.
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