Publicado 30/11/2024 09:00
Rio - Uma paixão sem fronteiras. Torcedores do Botafogo se uniram na loucura de embarcar a Argentina e acompanhar o time do coração na final da Libertadores pela primeira vez na história. Os alvinegros Victor Pascale e os irmãos Yuri e Caio Costa não mediram esforços para realizar o sonho pela Glória Eterna, neste sábado (30), às 17h (de Brasília), contra o Atlético-MG, no Monumental de Núñez.
Publicidade"Quando o Botafogo carimbou a vaga pra final, só falei "bora" e agora estou indo, sem pensar no amanhã. Só pensando em viver esse momento lindo. Ver o Botafogo na final da Libertadores é algo histórico e inédito, e estou fazendo parte dessa história. Quero aproveitar como nunca. Vai ser um momento único na minha vida", disse o alvinegro Victor Pascale em entrevista ao DIA.
Victor Pascale, de 30 anos, é alvinegro desde o berço e sempre acompanhou o Botafogo na arquibancada. Irmão de um tricolor, pode manter a taça da Libertadores em casa. No ano passado, sofreu com a derrocada enquanto o irmão conquistava a América. Já neste ano, os papéis se inverteram. Apesar da desconfiança no início da temporada, acreditava que era possível viver um ano mágico.
"Percebi que dava pra chegar (na final) quando começamos a nos recuperar na fase de grupos e passamos do Palmeiras nas oitavas. Com toda certeza a goleada histórica sobre o Peñarol (foi o jogo mais marcante). Ali caiu a ficha de vez que o time era bizarro de bom, sabíamos do potencial do time e do elenco. Estamos bem confiantes em levar esse título e vamos aproveitar esse momento como nunca antes", afirmou.
Já os irmãos Costa compartilham uma paixão de família. O avô e o pai acompanharam as glórias no passado, e agora é a vez deles acompanharem um momento especial. No embarque a Buenos Aires, Yuri lembrou do avô, botafoguense assíduo, e espera encerrar o incômodo jejum de 29 anos sem títulos expressivos e voltar para casa com a Glória Eterna.
"Sempre fui apaixonado pelo Botafogo, desde que me entendo por gente. Vamos participar da história. É algo que meu avô, botafoguense assíduo, conseguiu assistir no passado. E agora eu estarei lá, com fé na conquista do título", disse Yuri, que revelou o momento da virada de chave para sonhar com a inédita conquista da Libertadores.
"A virada de chave para realmente enxergar uma final foi contra o Palmeiras, ali começou o sonho. Não nos preparamos (para viajar), mas sabíamos que tínhamos que ir. Como? Não sei. Mas iríamos. Pesquisamos várias formas, enfrentamos dificuldades com os preços, pois subiram muito, mas iríamos de qualquer jeito", contou o alvinegro.
Já Caio Costa, por sua vez, não conteve a emoção de viajar e acompanhar o time do coração. O alvinegro relembrou a desconfiança sobre o Botafogo durante a trajetória na Libertadores e como os rivais trataram o time como "zebra" no mata-mata, e reiterou a confiança no Glorioso em busca da conquista da tão sonhada taça da Libertadores.
"Meu pai era Botafogo e eu me identifiquei com o time. Foi amor à primeira vista. Significa muito você poder viver isso com seu time. É um sentimento inexplicável. Fui nos jogos com meu irmão, fomos julgados que o time era sem tradição, mas vencemos Palmeiras e São Paulo, e mostramos que a tradição tem que ser criada em algum lugar. A goleada no Peñarol foi o momento que deu um estalo de que a gente realmente estava vivendo isso", afirmou.
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