Botafogo foi campeão brasileiro pela terceira vez: 1968, 1995 e 2024Reginaldo Pimenta
Publicado 08/12/2024 18:02
Primeiro, a inédita Libertadores na Argentina, e agora o fim de longo jejum, em sua casa. O ano para o Botafogo ficou ainda mais glorioso com a conquista do Brasileirão, na primeira comemoração de título dos alvinegros no Nilton Santos, confirmada após vencer o São Paulo por 2 a 1, gols de Savarino e Gregore, com William Gomes descontando, neste domingo (8).
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No dia da fundação do Botafogo de Futebol e Regatas - com a fusão entre o Club de Regatas Botafogo e o Botafogo Football Club -, o troféu do Brasileirão, enfim, voltou a ter a Estrela Solitária após 29 anos.
De Jairzinho e o histórico time de 1968, passando por Túlio Maravilha & Cia, em 1995, até chegar a Savarino, Luiz Henrique e companheiros em 2024, o Botafogo chega ao tricampeonato e coloca um fim de vez à traumática derrocada de 2023. E supera o algoz, ao chegar aos 79 pontos e deixar o Palmeiras, que perdeu em casa para o Fluminense, com 73.
Agora, viaja ao Catar em busca do Mundo, com o primeiro desafio contra o Pachuca, do México, na quarta-feira (11), às 14h (de Brasília).

Gols do alívio e da festa

A situação na partida era confortável, já que bastava apenas um empate contra um São Paulo, que não tinha mais nada a fazer no campeonato e ainda poupou seis titulares. Junte a isso o enorme desgaste físico da maratona de jogos decisivos.
Ou seja, sem a mesma intensidade que marcou o time de Artur Jorge, o Glorioso não marcou a saída de bola adversária e fez um primeiro tempo muito lento. Ainda assim, foi o dono absoluto do jogo contra um adversártio que mal atacou.
Foram três finalizações até os 31 minutos, duas de Igor Jesus parando em Jandrei, em cruzamentos pela direita, e uma de Marçal, para fora. A torcida alvinegra só empolgou mesmo quando o Palmeiras levou um gol do Fluminense, aos 35.
Mas voltou a vibrar muito quando Savarino marcou um golaço, um minuto depois, após saída de bola errada do São Paulo. O título estava praticamente garantido e a contagem regressiva para o grito de campeão entrou na reta final. Antes, Alex Telles perdeu a chance do segundo, cara a cara com o goleiro são-paulino, que defendeu o rebote de Igor Jesus.

Botafogo bobeia no segundo tempo

Faltavam então 45 minutos. O que poderia dar errado? Mas claro que o torcedor do Botafogo teria um momento de tensão. O time até voltou um pouco mais 'aceso' em campo e teve chances em dois chutes de Luiz Henrique, um para fora e outro com grande defesa de Jandrei.
A partida estava controlada até que o São Paulo, que nada fazia, empatou aos 17, com William Gomes. O atacante  aproveitou desatenção de Marlon Freitas e roubou a bola na entrada da área, para marcar. A euforia deu lugar a certo silêncio no Nilton Santos, apesar de o título ainda estar encaminhado.
Com o Glorioso em ritmo lento, Artur Jorge fez substituições para mudar o panorama. Allan, Matheus Martins entraram, depois Tiquinho e Tchê Tchê. Parecia que o título viria com um empate, mas nova saída de bola errada do São Paulo permitiu a Gregore apagar a expulsão na Libertadores e fazer o gol do título no último lance, para a torcida soltar o grito de "é campeão".

Botafogo 2x1 São Paulo

Local: Nilton Santos, Rio de Janeiro (RJ).
Árbitro: Anderson Daronco (RS).
Gols: Savarino, aos 36 min/1ºT (1x0) e Gregore, aos 47 min/2ºT (2x1); William Gomes, aos 17 min/2ºT (1x1).
Cartões amarelos: -
Cartões vermelhos: -
Botafogo: John, Mateo Ponte, Adryelson, Marçal e Alex Telles; Marlon Freitas (Allan) e Gregore; Luiz Henrique (Rafael), Savarino (Matheus Martins), Almada (Tchê Tchê) e Igor Jesus (Tiquinho Soares). Técnico: Artur Jorge.
São Paulo: Jandrei, Ruan (Igão), Alan Franco e Sabino; Igor Vinícius (Michel Araújo), Santi Longo, Marcos Antônio (Rodriguinho), Rodrigo Nestor e Patryck; André Silva (Moreira) e William Gomes (Ryan Francisco). Técnico: Luis Zubeldía.
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