Renato Paiva evitou projetar favoritismo ou inferioridade no duelo com o PSGStu Forster / Getty Images North America / Getty Images via AFP
Publicado 19/06/2025 08:59
Técnico do Botafogo, Renato Paiva não quis entrar no campo de análise de favoritismo ou inferioridade ao projetar o duelo com o PSG nesta quinta-feira (19), às 22h (de Brasília). O português quer que seus jogadores "sejam eles mesmos" e revelou que a rotina de preparação não mudou para o jogo. 
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"Acho que o cemitério do futebol está cheio de favoritos. É um jogo, há probabilidades, mas nós que preparamos os jogos fazemos da mesma forma. Quero que minha equipe faça certas coisas, corrija o que deu errado, e no último jogo não foram poucas coisas, ver as fragilidades do adversário e a partir disso lutar pelos três pontos", iniciou Paiva.
"Se entrar nesse campo de favoritismo, é uma área emocional que você não controla. É impacto que eu quero retirar. O adversário é quem é, mas também ganha, perde e empata. Se falar que somos favoritos poderemos ir para o jogo confortável; se falar que somos piores, eles podem ir com medo. Eu quero que eles sejam eles mesmos. Só isso", completou.

Erros contra o Seattle

Na estreia, o Botafogo caiu de produção no segundo tempo e quase cedeu o empate para o Seattle Sounders. O treinador assumiu a culpa pela queda e garantiu: "eles precisam saber que há um homem que saiba reconhecer que fez asneira e bola para frente". 
Segundo ele, a intenção era tirar Mastriani e colocar Joaquín Correa para deixar Savarino flutuar por dentro para ter mais a bola, já que o "adversário iria deixar espaço". A substituição, em sua visão, "não ajudou a equipe" e "não funcionou" pelas condições físicas do atacante argentino.
"Eu me preciptei na utilização do Joaquin", pontuou.
Paiva também revelou que viu um "clima fúnebre" no vestiário, já que a equipe não havia ficado satisfeita com a atuação. O sentimento, segundo ele, o deixou "extraordinariamente feliz" pelo elenco ter demonstrado "caráter". Porém, afirmou que não conseguiu corrigir os erros na preparação para enfrentar o PSG.
"Nós tentamos nivelar os níveis físicos e técnicos com quem não jogou. Sempre temos limitações. A única forma que tem para trabalhar é vídeos, individuais e coletivos, e em setores. Foi isso que fizemos. Analisamos vídeos nossos e vídeos do PSG. Nos preocupamos primeiro conosco. Só hoje fomos ao campo. É assim que nos preparamos para essa competição e isso não é novidade para quem joga no Brasil", disse.

Veja outras respostas de Renato Paiva

Desempenho dos clubes sul-americanos contra europeus
"É a primeira vez que vários continentes jogam em fase de grupos. Tudo é teoria. 'Ah, se o Palmeiras jogasse em Portugal', 'ah, se o Benfica jogasse no Brasil'... Gosto do que é o real. Aqui, há um nivelamento interessante. Há um hábito de tirar mérito das vitórias do Botafogo. Não gosto de coitadismo, mas existe isso. O Seattle joga bem e no dia seguinte eu vi o Chelsea passar dificuldade contra o LAFC. Eu não entro nesse mérito. Daquilo que já vi, só o Auckland teve o resultado que teve porque é uma equipe amadora. Qualquer outro tipo de resultado não vai surpreender".
As atuações dão confiança?
"Acho que sim. As quatro equipes foram competitivas. Flamengo e Botafogo ganharam, e Palmeiras e Fluminense fizeram ótimas exibições. Fiquei com a sensação de que o Botafogo perdeu o jogo. Jogamos mal o segundo tempo, mas ganhamos. Se eu perguntar ao Abel e Renato Gaúcho, eles trocariam a qualidade da exibição pelos três pontos. Nesses torneios curtos, o importante é ganhar. Prometi que faria de tudo para ganhar e agradasse aos torcedores". 
O que esperar do Botafogo contra o PSG
"É perceber que o adversário de amanhã é diferente do anterior. Que o adversário é muito bom, mas não é infalível. Vamos nos agarrar a isso, mas sem desvirtuar a nossa ideia. O caminho é esse. Por isso que peço para os meus jogadores serem eles mesmos". 
 
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