Lyon investiga manobra que envolveu venda de jogadores do Botafogo

O Lyon identificou uma série de operações autorizadas por John Textor e que, na prática, nunca resultaram na chegada dos jogadores. A nova diretoria descobriu movimentações financeiras envolvendo quatro nomes do elenco do Botafogo que foram contratados pelo clube francês, situação que gerou surpresa segundo o jornal francês 'L’Equipe'.

As transações questionadas envolvem Igor Jesus, Luiz Henrique, Jair Cunha e Savarino. Desses quatro, apenas o venezuelano já se sabia da venda e é o único que segue no Glorioso atualmente. 

Segundo a publicação, Textor autorizou a compra dos direitos econômicos desses quatro jogadores, criando um passivo de aproximadamente 120 milhões de euros (R$ 744 milhões) ao Lyon. A maior parte desse valor foi antecipada por meio de operações de factoring, mecanismo no qual o clube consegue empréstimo no banco ao negociar a expectativa de receita futura ao negociar esses jogadores. A antecipação seria de quase 100 milhões de euros.

Como os quatro jogadores nunca foram registrados na França, há dúvidas sobre a real existência dos ativos que constam nos relatórios financeiros da Eagle Football Group. A suspeita é que esses valores foram utilizados para socorrer financeiramente o próprio Lyon para evitar o risco de rebaixamento por causa de problemas nas contas.

Indicado pela Ares, um dos fundos investidores da Eagle, Stephen Welch é o responsável pela auditoria das contas para avaliar quanto o Lyon deve ao Botafogo, que cobra um valor próximo ao das negociações dos quatro jogadores.