Gonçalves elogia zagueiro Adryelson e relembra Brasileirão de 1995

Ídolo do Glorioso, o ex-zagueiro Gonçalves marcou época e colocou o seu nome na história do Botafogo. Com duas passagens pelo Alvinegro, seus principais títulos foram os cariocas de 1990 e 1997, Brasileirão de 1995, Teresa Herrera de 1996 e o Rio-São Paulo de 1998. Agora trabalhando como executivo de futebol nos Estados Unidos, o eterno parceiro de zaga de Wilson Gottardo comenta a comparação que é feita entre ele e o defensor do elenco atual, Adryelson.

"Muitos torcedores vêm comparando essa performance do Adryelson com a minha. No time 1995, eu e o Gottardo já tínhamos bastante experiência. Eu estava com 29 anos, e depois de ter passado cinco temporadas fora, onde eu fui campeão e eleito o melhor zagueiro, pude rapidamente apresentar um nível de futebol que fez com que eu me destacasse naquela equipe do Botafogo", inicia Gonçalves, que completa elogiando o zagueiro de 25 anos.

"O Adryelson realmente está se destacando. Ele tem mostrado muita regularidade, além da determinação, da garra que coloca em cada jogo. Isso está fazendo com que ele tenha uma identificação muito grande com os torcedores botafoguenses", complementa.

As boas atuações pelo Botafogo na década de 90 levaram Gonçalves para a Copa do Mundo da França em 1998. Pouco antes de representar a seleção brasileira no Mundial, o zagueiro, que ostentava uma cabeleira de respeito, foi um dos pilares do time botafoguense campeão brasileiro de 1995. Ele fala sobre essa conquista inesquecível.

"A primeira lembrança que vem na minha cabeça é o momento do apito final lá em São Paulo. A alegria, emoção. Depois os torcedores recebendo a gente no Aeroporto Santos Dumont. Subindo na asa do avião. Essa é a maior lembrança que tenho e que ainda é muito forte na minha mente. A torcida fez uma festa que eu acho que até hoje nunca teve nada igual", relembra.

Quem acompanha o ídolo alvinegro nas redes sociais, sabe que Gonçalves sempre fala do Botafogo. Com vídeos dos jogos ou comentários, o ex-jogador está ligado no Brasileirão.

"Vejo a equipe muito bem, encaixada. Acho que o Botafogo tem realmente condições de manter essa performance até o final do campeonato. Claro que vai haver momentos em que o time vai oscilar. Podemos ter baixas de alguns jogadores como agora o Tiquinho, mas eu confio muito. Principalmente por causa dessa união e entrosamento", diz o camisa 4 de 1995, que já pensa em vir ao Rio para uma comemoração.

"Se tudo der certo, eu podendo conciliar o meu trabalho aqui com uma rápida viagem ao Rio de Janeiro, com certeza vou estar Nilton Santos até o final do Campeonato Brasileiro para comemorar esse título junto com a torcida, diretoria, jogadores. Temos que pensar grande. Tomara que isso se concretize."

Após pendurar as chuteiras no final da década de 1990, Gonçalves atuou no showbol pelo time Alvinegro e seguiu no futebol fora das quatro linhas como diretor de esportes, consultor, executivo de futebol, e é o que faz nos Estados Unidos atualmente. Sem perder o vínculo com o clube carioca, ele comenta a nova fase do Botafogo, que é administrado pelo norte-americano John Textor.

"Tenho conversado com o Textor. Acredito que ele tenha uma visão empresarial dentro do futebol muito acima dos dirigentes tradicionais. De fato, já está levando o Botafogo a um outro patamar. Penso que o clube dentro dos próximos dez anos se tornará, novamente, um dos principais do futebol brasileiro a nível de estrutura e conquistas. Esse deve ser o objetivo de um grande clube", analisa Gonçalves.

"A torcida cresce e vive de títulos. E a gente espera poder comemorar muitos daqui pra frente nessa gestão do John Textor", completa o dirigente.