Neymar sofreu com a forte marcação colombiana, mas esteve longe das melhores atuações com a camisa do BrasilDaniel Castelo Branco
Por O Dia
Publicado 23/06/2021 23:06
Rio - Alvo de críticas pelo péssimo estado de conservação, o gramado do Nilton Santos foi um palco apropriado para o pobre futebol apresentado na sofrível do Brasil sobre a Colômbia, por 2 a 1, de virada, nesta quarta-feira, pela Copa América, com gols de Firmino e Casemiro. Luis Díaz abriu o placar com m golaço. É verdade que o campo influenciou no desempenho, mas não é a única justificativa pelo pouco inventivo futebol apresentado pela Seleção, que chega a dez vitórias seguidas e garantido nas oitavas de final. 
Com 100% de aproveitamento, o Brasil contou praticamente com força máxima para defender a invencibilidade no Rio. Com Weverton, do Palmeiras, Tite manteve o rodízio entre os goleiros, mas escalou pela primeira vez a dupla de zaga ideal com Marquinhos e Thiago Silva. No meio de campo, Casemiro e Everton Ribeiro voltaram a figurar entre os titulares, assim como Richarlison e Gabriel Jesus na frente, após os múltiplos testes realizados na goleada sobre o Peru.
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Na prática, o Brasil escorregou. Primeiro no péssimo gramado do Nilton Santos, e depois na própria limitação tática, em especial na transição ofensiva. Mais uma vez, a Seleção se mostrou muito dependente do camisa 10, que ao tentar resolver sozinho, maioria das vezes, facilitou o trabalho de marcação da Colômbia, que se mostrou 'imune' ao astro brasileiro.
O golaço de Luis Díaz, de voleio, aos nove minutos, foi um raro momento de beleza no primeiro tempo. Até o apito final, a tônica do jogo foi de muita disputa pela disputa, escorregões apenas finalização a gol nos primeiros 45 minutos. Foi duro de assistir. 
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Com a Seleção engessada, Tite recorreu ao banco de reservas para evitar a primeira derrota em solo brasileiro à frente da equipe. Renan Lodi, Roberto Firmino e, na sequência, Lucas Paquetá foram as apostas no lugar de Alex Sandro, Everton Ribeiro e Fred para mudar o desanimador panorama. Aos poucos, as mexidas surtiram efeito. Ao investir nas tabelas, Firmino aumentou o leque de possibilidades na armação em relação às propostas ineficazes de Richarlison e Gabriel Jesus, que, depois, deram lugar a Everton Cebolinha e Gabigol.
Com um passe de letra, Firmino deixou Neymar cara a cara com Ospina, mas ele carimbou a trave após driblar o goleiro. O empate veio pouco depois e com polêmica. Renan Lodi cruzou na cabeça de Firmino, que contou com a falha de Ospina para igualar o marcador, aos 32: 1 a 1. No entanto, a Colômbia questionou o toque na bola do árbitro argentino Nestor Pitana, que validou o gol após a checagem do VAR, após sete minutos de paralisação.
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Com dez minutos de acréscimos, o Brasil partiu com tudo em busca da vitória. Dono da bola, Neymar, sem posição fixa, se multiplicava em campo e apanhava em todas as faixas do campo, muitas vezes em jogadas improdutivas. No apagar das luzes, aos 54, Casemiro, de cabeça, escorou o escanteio cobrado por Neymar para virar o jogo: 2 a 1.
BRASIL X COLÔMBIA

Local: Estádio Nilton Santos
Árbitro: Nestor Pitana (ARG)
Gols: 1º tempo - Luis Díaz (9 minutos). 2º tempo - Roberto Firmino (32 minutos) e Casemiro (54 minutos)
Cartões amarelos: Alex Sandro, Everton Ribeiro e Neymar; Cuadrado, Ospina e Barrios
Cartões vermelhos: -
Público: Jogo com os portões fechados

Brasil: Weverton, Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro (Renan Lodi); Casemiro, Fred (Lucas Paquetá) e Everton Ribeiro (Roberto Firmino); Neymar, Gabriel Jesus (Gabigol) e Richarlison (Everton Cebolinha). Técnico: Tite

Colômbia: Ospina, Muñoz, Mina, Davinson Sánchez e Tesillo; Uribe, Barrios e Cuadrado; Luis Díaz (Muirllo), Borré (Cuéllar) e Zapata (Borja). Técnico: Reinaldo Rueda
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