Publicado 21/11/2022 17:33 | Atualizado 21/11/2022 17:35
Depois de a Fifa impedir os capitães das seleções europeias de utilizarem uma faixa em apoio à comunidade LGBTQIA+, o jornalista americano Grant Wahl relatou que foi barrado na entrada do estádio Ahmed bin Ali, no Catar, por estar com uma camisa com arco-íris. Após a confusão, ele foi liberado por um oficial superior para assistir ao jogo de Copa do Mundo entre Estados Unidos e País de Gales.
Segundo o profissional que trabalha na CBS, os seguranças do estádio o deixaram detido por 25 minutos. Durante o período, ele ouviu que só entraria se tirasse a camisa com arco-íris, que utilizou em apoio à comunidade LGBTQIA+.
"Você precisa trocar sua camisa. Não é permitido", um dos seguranças falou, segundo o jornalista, que também ouviu:
"Você pode tornar isso mais fácil. Tire a camisa".
Segundo Grant Wahl, após tirar uma foto e postar nas redes sociais, outro segurança pegou seu celular e não quis devolvê-lo.
Após a confusão, um oficial superior apareceu onde o jornalista estava e o liberou. Houve um pedido de desculpas da organização e da Fifa.
Intolerância no Catar
Com histórico de não respeitar os direitos humanos, o Catar tem leis que atacam a comunidade LGBTQIA+, inclusive com a possibilidade de apedrejamento em caso de relações homossexuais.
Por conta disso, as seleções europeias pretendiam que os capitães jogassem as partidas de Copa do Mundo com uma faixa nas cores do arco-íris, mas a Fifa proibiu a ação, com a possibilidade de dar cartão amarelo ao jogador.
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