Aos 35 anos, Lionel Messi carrega a Argentina para o tricampeonato da Copa do MundoKirill KUDRYAVTSEV / AFP
Publicado 18/12/2022 14:57
Catar - Foi no sufoco, mas a Argentina voltou a conquistar a Copa do Mundo após 36 anos. No último recital de Messi no torneio, os sul-americanos abriram dois gols de vantagem na final contra a França, neste domingo, no Estádio Lusail, mas acabaram levando o empate na reta final do tempo regulamentar. O camisa 10, que se despediu com chave de ouro dos Mundiais, abriu o caminho para o tricampeonato argentino marcando em cobrança de pênalti. Di María, que teve grande atuação, fez o segundo. No entanto, Mbappé brilhou no fim, marcando dois gols e adiou a decisão do título.
Na prorrogação, Messi marcou mais um e Mbappé fez o terceiro dele, fazendo a final terminar empatada em 3 a 3 e levando a decisão para os pênaltis. Nas cobranças, os argentinos levaram a melhor e venceram por 4 a 2, conquistando o tricampeonato mundial.
Com a conquista, a Argentina passa a ter três títulos mundiais. Os hermanos já haviam conquistado as Copas de 1978 e 1986. O topo da lista ainda é do Brasil, com cinco taças. Tetracampeãs, Alemanha e Itália aparecem na vice-liderança do ranking.
Disposta a dar fim ao jejum de quase quatro décadas, a Argentina começou a partida em um ritmo mais intenso que a França e ocupando mais o campo de ataque. Apesar do início de jogo mais truncado, com faltas duras, a seleção sul-americana chegou algumas vezes com perigo, com Di María e De Paul, mas acabaram pecando nas finalizações.
Apesar de ter desperdiçado chances nos primeiros minutos, a Argentina foi dona da partida na primeira etapa e não demorou a abrir o placar. Aos 20 minutos, Di Maria fez boa jogada na linha de fundo e invadiu a área, sendo derrubado por Dembélé. Na cobrança, Messi bateu com categoria para abrir o placar na decisão.
O gol de Messi não foi suficiente para uma mudança da França, que mal chegou ao ataque e terminou o primeiro tempo sem nenhuma finalização. Aos 35 minutos, os argentinos deram uma verdadeira aula de contra-ataque. Mac Allister tocou para Messi, que abriu a jogada na direita para Julián Álvarez. O camisa 9 devolveu em profundidade para o lateral, que deu um passe açucarado para Di María tocar na saída de Lloris e ampliar o placar para 2 a 0.
Com a desvantagem, o técnico Didier Deschamps tentou mudar a postura da França no segundo tempo com algumas alterações. Os europeus até passaram a ter mais a bola e ocupar o campo de ataque, mas tinham dificuldades de criar os espaços. A primeira finalização dos franceses no jogo só veio aos 25 minutos, em chute do Mbappé que passou longe do gol de Martínez.
Mesmo sem uma grande atuação, a França conseguiu renascer na partida durante a parte final com a estrela de Mbappé, que não fazia um grande jogo até então. Aos 34 minutos, Kolo Mouani invadiu a área e foi derrubado por Otamendi. Na cobrança, o camisa 10 não deu chance para Martínez ao cobrar forte no canto direito. Dois minutos depois, o craque francês voltou a brilhar ao receber bola alçada na área, pegar de primeira para marcar um golaço e deixar tudo igual no placar, adiando a decisão do título.
Durante a prorrogação, a Argentina voltou para o jogo e teve as melhores chances dos 15 primeiros minutos, ambas com Lautaro Martínez, mas a zaga acabou conseguindo cortar os chutes do atacante. Na segunda etapa, o predestinado Messi voltou a aparecer. Em bela jogada do ataque argentino, o camisa 10 iniciou tocando para Enzo Fernández, que soltou para Lautaro Martínez na direita. O atacante chutou firme para grande defesa de Lloris. No rebote, o craque empurrou para o gol.
Quando o título já parecia decidido para a Argentina, a França foi buscar o empate. No fim, Montiel tocou com a mão na bola dentro da área e a arbitragem assinalou pênalti. Na batida, Mbappé marcou o terceiro dele e levou a final para as penalidades.
Nas cobranças, Mbappé e Kolo Muani fizeram para a França, enquanto Messi, Dybala, Paredes e Montiel marcaram para a Argentina. Coman parou no goleiro Emiliano Martínez, enquanto Tchouaméni bateu para fora, dando o tricampeonato para a Argentina.



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