Publicado 06/10/2022 16:42
Assistindo aos jogos desta quarta-feira, primeiro o Fluminense contra o Atlético/GO, depois Flamengo e Internacional/RS, me chamou a atenção a entrevista pós jogo do atacante Gabriel do Rubro-Negro. Ao ser questionado pelo repórter da TV Globo se ele havia realmente levado cartão amarelo logo após o final da partida, o atleta respondeu aos risos: "Eu tinha que tomar o cartão, né?! Próximo jogo eu já não iria jogar, então tinha que tomar o terceiro".
Ora, me espanto com tal declaração, mesmo entendendo que o Gabriel sempre faz questão de chamar as atenções para ele, porém agindo assim ele só evidencia sua necessidade de se beneficiar, mesmo que seja com uma punição do jogo.
Há alguns meses, quando participei do Charla Podcast, dei uma declaração que repliquei em meu Instagram @indioarbitro , dizendo que ele faz coisas que chamam a atenção somente para ele, quando na verdade ele tem só que fazer gol para todos baterem palmas. Inclusive me lembro de um jogo entre Flamengo e Boavista, que ele foi tão desrespeitoso com uma assistente, além de agressivo. Mas ela manteve a postura, botou a bandeira em cima, chamou o árbitro, apontou e o árbitro deu o amarelo. Pronto, acabou!
Práticas como esta não são novidades. Sempre foi comum ver atletas forçarem uma situação para que pudessem levar um cartão, a fim de cumprirem suspensão num jogo menos importante e decisivo. Acontece que, a partir do momento em que o Gabriel expõe e evidencia que sua ação foi pensada e estratégica, ele põe em jogo sua postura e mais, levanta um questionamento perfeitamente plausível, onde se coloca em dúvida se realmente tem razão todas as vezes que ele reclama acintosamente da arbitragem.
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