Neuza BackLucas Figueiredo / CBF
Publicado 18/11/2022 13:42
A Copa do Mundo do Catar vai começar neste domingo, com a seleção anfitriã enfrentando o Equador, a partir das 13h. O Brasil tem sua estreia marcada para o dia 24, próxima quinta-feira, a partir das 16h contra a Sérvia. Então resolvi escrever sobre os representantes brasileiros na arbitragem da maior competição de seleções do mundo. Serão seis árbitros, sendo destes, quatro assistentes que possuem todos os créditos e qualificações para irem longe, nos representando bem na Copa.
Inicio falando sobre o paulista Raphael Claus, de 33 anos, no quadro da FIFA desde 2015. Que aos meus olhos é o árbitro mais completo do Brasil, tendo em vista seu poder de conduzir e permitir que o jogo transcorra sempre numa dinâmica muito alta, evitando dar qualquer tipo de "faltinha", com poucos erros técnicos e parte disciplinar aprimorada. Ele vem numa crescente muito grande e eu deposito todas as minhas fichas nele, acreditando que consiga ter uma boa condução e entendimento de jogo, andando bastante na Copa do Mundo, com atuações seguras e equilibradas.
Bem próximo do Claus, temos o goiano Wilton Pereira Sampaio, que nas últimas partidas das competições nacionais foi levando os jogos mais decisivos, até pelo fato do Claus estar impossibilitado pela presença de clube paulista nas finais. O momento foi muito satisfatório para o Wilton, que conduziu jogos de alto gral de dificuldade de maneira boa, mas está um pouco abaixo do Raphael Claus pela parte emocional. Ele precisa trabalhar um pouco mais seu equilíbrio, mesmo tendo boas atuações, pois a serenidade é um fator primordial para uma Copa do Mundo.
Entre os árbitros assistentes temos o Bruno Boschilia, paranaense de 39 anos, que possui DNA de arbitragem, tendo pai, tio e outros familiares que já foram árbitros. O Bruno vem se desenvolvendo bastante, errando pouco, sempre bem posicionado e, principalmente, com um poder de concentração e equilíbrio acima da média. Muito bom assistente. Temos também o Rodrigo Figueiredo, carioca de 39 anos, que dispensa comentários. Com atuações seguras, o Rodrigo tem a seu favor o excelente porte físico com boa estatura, o que ajuda no decorrer das partidas, na postura e convicção de suas decisões. É um assistente muito rápido em raciocínio lógico, com um cognitivo muito bom, que consegue errar o mínimo possível.
Outro assistente é o Bruno Pires, goiano de 36 anos que está na FIFA desde 2015. Uma grande revelação, que chega para compor a equipe, formando um time muito forte. Vem num nível muito bom, na maioria das vezes atuando juntamente com o Wilton. Um assistente que erra pouco e tem como ponto principal o seu equilíbrio emocional. Chegamos no Danilo Simon, 40 anos, um jovem que soube aproveitar as oportunidades e teve uma ascensão muito rápida, agarrando bem as chances.
A grande e grata surpresa nessa lista é a presença da assistente Neuza Back, catarinense de 37 anos, que fez por onde merecer, pois a mulher tem que estar onde ela queira estar. A Neuza fez por merecer, fazendo grandes trabalhos e se desenvolvendo bem, tanto em competições femininas quanto masculinas. Aproveitou a oportunidade que lhe foi dada, mostrou que é capaz, num feito inédito para a arbitragem brasileira.
Temos árbitros capazes e assistentes que diminuem bastante as chances de erro, mesmo tendo o VAR ao seu auxílio, utilizam pouco e elevando o nível de suas atuações, fortalecendo nossos representantes na Copa do Mundo. Esperamos grandes atuações dos árbitros brasileiro, claro, sabendo que se nossa seleção em campo chegar à grande final, nossos árbitros não estarão na partida. Mas caso aconteça, não tenho dúvidas de que eles estarão preparados para nos representar muito bem.
Seguimos!
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