O futebol é feito pelo torcedor. Pela rivalidade, a chama que incendeia o jogo é quem está nas arquibancadas. Esse negócio de torcida única quando o adversário não é do seu estado é a falência do futebol. Aliás, não só neste caso, mas em qualquer um: torcida única é algo que jamais vou aceitar. Você já imaginou se, na final da Copa Mercosul em 2000, naquela virada histórica do Vasco sobre o Palmeiras no antigo Palestra Itália, fosse torcida única? Ninguém paga a emoção do que as pessoas viveram ali. E esse é só um exemplo entre tantos milhares que eu poderia dar. A violência não é um problema só das torcidas rivais, é cultural. A postura do ser humano e dos nossos torcedores é que tem que mudar. Afinal, as próprias torcidas brigam entre si. Acontece o tempo todo. Em hipótese alguma isso pode ir para frente. Que os clubes e as autoridades entendam que o futebol é composto por dois lados de glória e derrota. E vice-versa. Não um só.

Olha que coisa lamentável: a Conmebol denunciou o Flamengo por conta da entrada dos filhos dos atletas no campo durante a comemoração do título da Libertadores. Mais um papelão da entidade que só sabe arrumar motivo para sugar dinheiro do Rubro-Negro. Festa é para ser comemorada, Conmebol! Vão caçar outro para perseguir!