Rodrigo Dunshee e Rodolfo Landim estão a frente do projeto LeixõesFoto: Agência Foto BR
Publicado 08/09/2024 09:30 | Atualizado 16/09/2024 09:10
Enquanto para a maioria dos clubes brasileiros o Fair Play Financeiro ainda é uma novidade desconhecida, para o Flamengo é um conjunto de diretrizes praticados desde 2013 — o que permite que o clube tenha pretensões muito a frente da maioria dos coirmãos da América do Sul. 
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E uma das ideias do presidente Rodolfo Landim é a compra de um clube na Europa para gerar receita nova numa das moedas mais valorizadas do mundo, facilitando a internacionalização da marca, expondo e valorizando talentosos jogadores da base sem oportunidades na equipe principal.
Rodolfo Landim trabalha há 9 meses junto com Rodrigo Dunshee no projeto de compra do Leixões de Portugal - Foto: Fred Gomes
Rodolfo Landim trabalha há 9 meses junto com Rodrigo Dunshee no projeto de compra do Leixões de PortugalFoto: Fred Gomes

Recentemente, o Flamengo recusou participar de um campeonato sub-23 justamente para jogadores que estouraram a idade no sub-20 e que não receberam a chance de se integrarem a equipe principal, pensando na recolocação dos jovens talentos na Europa.
A recusa para participar de tal evento é justamente pensando em levar estes atletas a uma porta de entrada para grandes ligas na Europa via Portugal pelo Leixões. O idioma e a proximidade da cultura brasileira com a portuguesa facilitaria a adaptação de jovens atletas ao continente.
Gabriel Noga e Werton, ex-jogadores da base do Flamengo no LeixõesFoto: Divulgação Leixões

Tivemos acesso com exclusividade ao projeto de compra do Leixões que já está em andamento há mais de 9 meses em negociações entre Flamengo e a equipe portuguesa.
O projeto visa primeiramente criar uma equipe de sete profissionais do Flamengo para administrar a equipe portuguesa por 3 anos.
Durante este período, o Flamengo não investiria um centavo sequer na compra do clube português, apenas administraria o mesmo com a opção de compra a qualquer momento do ponto em que assumir até o fim do terceiro ano.
O valor de opção de compra é de 500 mil euros — é o que o Flamengo terá que pagar para assumir cerca de aproximadamente 51% das ações do Leixões.
É sabido pela diretoria rubro-negra que o Leixões tem um déficit anual na casa dos 400 mil euros, o que não preocupa Landim, por já ter um plano traçado com patrocinadores do clube que expressaram vontade de patrocinar a equipe portuguesa, amortizando o déficit apenas com a nova receita em patrocínios que o Flamengo levará.
Além de levar patrocínios para o Leixões, o Flamengo pretende ainda criar um plano de sócio torcedores do próprio time na Europa, unindo a paixão pelo rubro-negro ao clube português, o que seria mais um fonte de renda para controlar os 6 milhões de euros em dívidas que o time tem.
O Leixões ocupa hoje a quarta colocação no campeonato português da segunda divisão, a apenas dois pontos do líder Acadêmico de Viseu com 10.
O plano do Flamengo é nestes três anos de administração fortalecer o Leixões com jogadores de potencial da base rubro-negra para levá-lo de volta a primeira divisão portuguesa e, quem sabe, à disputa da Liga Europa ou até mesmo da Champions League.
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