Publicado 10/05/2022 16:08
Rio - O advogado de Jorge Jesus, Luís Miguel Henrique, escreveu sobre as polêmicas de Jorge Jesus em sua vinda ao Brasil nos últimos dias. Em sua coluna no jornal português Record, ele ponderou as declarações do treinador no "Bem, Amigos!", do SporTV, e alfinetou o jornalista Renato Maurício Prado, que segundo ele publicou uma conversa informal como entrevista.
"Sobre aquelas que JJ terá produzido num círculo íntimo, atire a primeira pedra quem nunca, em privado, tenha proferido um comentário mais corrosivo a um camarada de profissão. Acredito que JJ (e todos nós) deve ter aprendido mais uma lição da vida e a ter mais cuidado com quem partilha os seus pensamentos", disse Luís Miguel.
O advogado também criticou as posturas do empresário de Paulo Sousa, Hugo Cajuda, e do técnico José Mourinho em relação ao episódio.
Veja o texto na íntegra:
"Declaração de interesses: Sou advogado de JJ. Isto porque o tema de hoje está relacionado com a sua recente ida ao Brasil e respectivas declarações. Divido o impacto das mesmas nas palavras públicas, no programa “Bem Amigos” e nas privadas, que alegadamente fez na casa do Sr. Kléber.
Sobre as primeiras, convido todos aqueles que gostam de pensar pela sua própria cabeça a ver o programa acima referido na íntegra, para que possam de forma fundamentada e imparcial, fazer o seu juízo de valor, sem precipitações.
Sobre as primeiras, convido todos aqueles que gostam de pensar pela sua própria cabeça a ver o programa acima referido na íntegra, para que possam de forma fundamentada e imparcial, fazer o seu juízo de valor, sem precipitações.
Sobre aquelas que JJ terá produzido num círculo íntimo, atire a primeira pedra quem nunca, em PRIVADO, tenha proferido um comentário mais corrosivo a um camarada de profissão.
Eu, desde já faço aqui “mea culpa”! Estou fartinho de ver Colegas meus, Advogados e/ou Comentadores na TV e/ou em jornais a quem tenho criticado em ambiente íntimo ou confidente, pois entendo que se tratam de profissionais “fracos, incompetentes, mentirosos, vendidos, moralmente corruptos, vendedores de banha da cobra que não justificam o que ganham…” e sei lá mais o quê que já possa ter dito. Obviamente, publicamente e por respeito tal questão nunca se colocou ou colocará, a não ser que seja necessária a minha defesa ou de alguém a quem me caiba tal função.
Ao longo de destes anos tenho assistido a conversas privadas, de jogadores, treinadores, jornalistas e/ou comentadores que se as partilhasse publicamente, metade dos respectivos colegas não falaria com a outra metade e vice-versa. Às vezes incluindo dentro do próprio clube, jornal e/ou TV. Empresários de futebol a falar mal uns dos outros, em privado e ao telefone com dirigentes ou jornalistas “é mato”.
Contudo, nas críticas que li de forma totalmente desmensurada ou de quem não tem legitimidade moral para as fazer, tenho a destacar três personagens: Hugo Cajuda, seu pai Manuel Cajuda e José Mourinho.
Sobre este último, falar de falta de ética é brincadeira. Estamos a falar da mesma pessoa que em 2020 falou com meio mundo, por forma a tentar evitar que JJ fosse contratado pelo Benfica. Apesar da total ausência de ética e porque foi numa conversa privada que teve o azar de ser captada em escuta telefónica, nunca me pronunciei ou ajuizei.
Sobre este último, falar de falta de ética é brincadeira. Estamos a falar da mesma pessoa que em 2020 falou com meio mundo, por forma a tentar evitar que JJ fosse contratado pelo Benfica. Apesar da total ausência de ética e porque foi numa conversa privada que teve o azar de ser captada em escuta telefónica, nunca me pronunciei ou ajuizei.
Já quanto ao Hugo Cajuda e seu pai, a coisa é mais delicada, porque os conheço e sempre fui bem tratado. Contudo, tenho o dever de relembrar que quem tem telhados de vidro não deve atirar pedras ao seu vizinho, cabendo-lhes fazer uma análise introspectiva e autocrítica na perspectiva ética e comportamental.
A única intervenção pública do Jorge menos conseguida e sujeita a correcção é aquela que decorreu da explicação mal conseguida sobre a sua saída do Benfica e os termos em que o acordo de rescisão foi alcançado, mas sobre isso estamos conversados.
Em suma, ninguém fica bem na fotografia. Acredito que JJ (e todos nós) deve ter aprendido mais uma lição da vida e a ter mais cuidado com quem partilha os seus pensamentos".
A única intervenção pública do Jorge menos conseguida e sujeita a correcção é aquela que decorreu da explicação mal conseguida sobre a sua saída do Benfica e os termos em que o acordo de rescisão foi alcançado, mas sobre isso estamos conversados.
Em suma, ninguém fica bem na fotografia. Acredito que JJ (e todos nós) deve ter aprendido mais uma lição da vida e a ter mais cuidado com quem partilha os seus pensamentos".
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.