Publicado 27/10/2022 09:00
Rio - Foram 218 jogos, nove gols e 26 assistências. Apesar de longa, a passagem de Rodinei pelo Flamengo foi marcada por seus altos e baixos. No entanto, mesmo sem ser unanimidade, o lateral, que não terá seu contrato renovado no fim do ano, pode encerrar sua história com a camisa rubro-negra com chave de ouro, caso conquiste seu bicampeonato Libertadores, no próximo sábado, contra o Athletico-PR, em Guayaquil.
Reserva de Rafinha em 2019, quando o Flamengo venceu a Libertadores, Rodinei terá agora a chance de ser campeão fazendo parte do time principal. O camisa 22 foi titular em todos os jogos disputados pelo Rubro-Negro na fase mata-mata da competição sul-americana neste ano. Caso consiga seu objetivo de conquistar a América mais uma vez, o jogador de 30 anos se despedirá do time carioca com seis títulos no currículo: dois Cariocas (2017 e 2019), um Brasileiro (2019), uma Copa do Brasil (2022) e duas Libertadores (2019 e 2022).
Desde sua chegada ao Flamengo, no início de 2016, Rodinei viveu uma relação de "amor e ódio" com a torcida do Flamengo. Apesar disso, o ano de 2022 foi um marco importante em sua longa passagem pela Gávea. De descartado no início do ano, o lateral se tornou peça fundamental no atual time do Flamengo, principalmente por conta de seu poder ofensivo, mesmo pecando no aspecto defensivo. A boa temporada foi premiada com a cobrança do pênalti que deu o tetracampeonato da Copa do Brasil ao clube, contra o Corinthians.
"Muita gente pensa que é fácil essa caminhada até a bola. E estamos falando do Cássio, um dos melhores goleiros do Brasil. Mas eu acredito muito no trabalho e o que eu vivi nesse clube neste ano sete anos, não foi fácil. Muitas críticas, mas eu soube levar bem isso. Meu companheiros estavam comigo, me dando apoio", disse Rodinei após o título da Copa do Brasil.
TRAJETÓRIA NO FLAMENGO
Rodinei teve um bom início com a camisa do Flamengo. Ao chegar ao clube, em 2016, logo conquistou sua vaga de titular, mas foi para o banco no meio da temporada ao perder posição para Pará, que foi o dono da posição até o fim do ano.
Entre 2017 e 2018, o lateral viveu sua maior sequência de jogos pelo Rubro-Negro. Autor do gol do título carioca de 2017, contra o Fluminense, colecionou boas partidas na Libertadores, sob o comando do técnico Zé Ricardo, que chegou a escalá-lo como ponta direita em algumas partidas, e, posteriormente, com Paulo César Carpegiani e Maurício Barbieri.
Apesar de alguns lampejos, Rodinei sempre foi inconstante com a camisa do Flamengo e pecava muito na parte defensiva, o que gerava críticas por parte da torcida e fez com que a diretoria fosse atrás de um nome que fosse unanimidade para a posição. Após a chegada de Rafinha, em 2019, ele perdeu espaço no elenco. Mesmo assim, fez parte do time histórico que conquistou o Brasileiro daquele ano e a Libertadores da América. Após a vitoriosa temporada, foi emprestado ao Internacional, onde ficou por um ano e meio.
Em junho de 2021, retornou ao Flamengo, mas acabou sendo pouco aproveitado por conta das presenças de Maurício Isla e Matheuzinho. Após a chegada de Dorival Júnior, em junho de 2022, Rodinei deu a volta por cima e conquistou sua vaga no time titular, colecionando boas atuações que levaram alguns torcedores, inclusive, a cogitá-lo na seleção brasileira. O lateral faz parte do chamado "time das Copas", utilizado na Copa do Brasil e na Libertadores.
FUTURO INDEFINIDO
Apesar de já ter sua saída do Flamengo definida, Rodinei ainda não sabe qual será seu destino em 2023. A boa temporada do lateral despertou interesse de alguns clubes brasileiros, mas ele só definirá seu futuro após a final da Libertadores. O Atlético-MG aparece forte na briga.
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