Publicado 29/10/2022 09:00
Rio - Contratado em abril, Santos passou longe de ser o reforço mais badalado do Flamengo em 2022. Mesmo sem causar um grande frisson em sua chegada, como Cebolinha e Arturo Vidal, o goleiro tomou conta de sua posição, se tornou um dos pilares da equipe e será o único jogador contratado neste ano titular na final da Libertadores, neste sábado, às 17h, em Guayaquil, curiosamente contra o Athletico-PR, clube que defendeu por mais de dez anos antes de chegar ao time carioca.
Santos chegou ao Flamengo em um momento crítico para os goleiros do clube. Na época, o então treinador Paulo Sousa estava apostando suas fichas em Hugo Souza, que colecionava falhas e estava com relação desgastada junto à torcida do Flamengo. Diego Alves, multicampeão pelo Rubro-Negro, também não foi bem nas pouquíssimas chances que teve com o português, com quem teve problemas de relacionamento. Após a contratação de Santos, um rodízio passou a ser adotado, com o recém-chegado sendo escalado no Campeonato Brasileiro, enquanto Hugo era o titular na Copa do Brasil e na Libertadores.
Após a demissão de Paulo Sousa e a chegada de Dorival Júnior, Santos passou a ser titular absoluto da posição, atuando tanto no time das copas, formado pelos titulares, quanto na equipe do Brasileirão, que conta com os reservas. O camisa 20 é o único jogador utilizado por Dorival em ambos os times.
Escalado com mais regularidade, Santos passou a colecionar boas atuações com a camisa rubro-negra. Ao longo da temporada, foram 24 gols nas 36 vezes em que esteve em campo pelo Rubro-Negro, o que dá uma média de 0,66 gols por partida. Mais do que os números, o goleiro foi adquirindo confiança e começou a passar segurança, tanto para a torcida quanto para seus companheiros dentro de campo.
Desde sua chegada ao Flamengo, Santos tem se destacado pela simplicidade de suas defesas. Diferente de outros goleiros, o titular do Rubro-Negro raramente recorre a uma ponte ou faz algum movimento plástico. Além disso, chama atenção a facilidade do camisa 20 em encaixar bolas, algo cada vez mais raro no futebol.
"A gente trabalha muito para isso. Sei da dificuldade que é durante os jogos. Trabalho muito para facilitar, busco fazer o mais simples possível para resolver o problema. O trabalho é o diferencial. Preparadores pedem para fazer melhor ainda, porque sabem que, a cada jogo que passa, os adversários nos observam e sabem como a gente se comporta, para tentar nos vencer. Não vai ser todas que vou conseguir segurar, mas tento fazer o máximo para que possa ajudar", declarou goleiro.
Na final deste sábado, Santos busca seu segundo título pelo Flamengo. Após garantir seu bicampeonato da Copa do Brasil — ganhou também em 2019, com o Athletico-PR —, o goleiro terá pela primeira vez na carreira a chance de conquistar a Libertadores para coroar sua grande temporada.
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