Presidente Rodolfo Landim quer reforçar o Flamengo para disputar o MundialGilvan de Souza/C.R. Flamengo
Publicado 20/12/2022 13:05
Rio - O Flamengo chegou a um acordo com o Banco Central para dar fim à disputa que ambos travavam na Justiça. O Rubro-Negro, que corria o risco de ser multado em R$ 135 milhões por conta do imbróglio, pagará um total de R$ 25 milhões ao Bacen.
Deste novo valor, o Flamengo já pagou R$ 13 milhões em penhoras. O restante será pago em 60 parcelas de R$ 202 mil. Por conta do novo acordo, o clube conseguirá retirar a penhora de 44 apartamentos novos de luxo no Morro da Viúva, que devem ser vendidos. A expectativa é arrecadar R$ 150 milhões com os imóveis.
"O Flamengo conseguiu aprovar junto ao Banco Central e a União o encerramento do processo de execução de multas por operações em moeda estrangeira realizadas no passado. Esse acordo foi feito nos termos da decisão final do STJ que considerou correta a redução da dívida em mais de 80%. Embora houvesse possibilidade de recursos, já havia uma razoável clareza sobre ser improvável qualquer mudança. O Flamengo fica muito satisfeito e aliviado porque tirará de seu passivo uma dívida de R$ 135 milhões em valores de hoje e estará liberando os imóveis do Morro da Viúva que estavam penhorados e poderão ser alienados para o melhor interesse do clube. O Banco Central igualmente está satisfeito porque receberá o valor incontroverso de 25 milhões", declarou o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, ao site "GE".
O imbróglio envolvendo o Flamengo e o Banco Central se dava por conta de negociações feitas em moeda estrangeira entre 1993 e 1998. Em janeiro, o clube sofreu uma penhora no valor de R$ 126.998.514,57 em suas receitas, que corrigido chegaria a R$ 135 milhões. Em junho, o clube carioca conseguiu uma vitória no Superior Tribunal de Justiça (STJ), por 3 votos a 2, que ainda cabia recurso por parte do Bacen. No entanto, o acordo entre as partes selou a disputa.
Por conta da batalha judicial, o Flamengo chegou, inclusive, a adotar cautela em suas negociações por reforços no início do ano. Apenas Marinho e Fabrício Bruno, que já jogavam no Brasil, foram contratados na época. Com o desenrolar positivo do caso, a diretoria ganhou mais confiança para voltar ao mercado internacional e fechou contratações como a de Everton Cebolinha.
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