Publicado 06/10/2023 22:16
Rio - Nesta sexta-feira, 6, um grupo de conselheiros do Flamengo protocolou, no Conselho Deliberativo, um requerimento para instauração de Comissão Provisória de Inquérito (CPI) contra o presidente Rodolfo Landim por possível ocorrência de infração disciplinar. O principal ponto levantado pelo grupo é o alto valor gasto em multas rescisórias com treinadores durante a atual gestão do Rubro-Negro.
A informação foi dada primeiro pelo jornalista Venê Casagrande. Posteriormente, o jornal O Dia a confirmou.
"7). Dentre várias reportagens sobre o assunto, é possível mencionar o teor das matérias realizadas pela CNN2 ou Terra3 , que apontam que o Sr. Presidente onerou os cofres do Flamengo em aproximadamente R$ 50 milhões (os números oficiais são desconhecidos, dada a pouca transparência do tema)", diz um trecho do documento.
Vale mencionar que o documento conta com 23 assinaturas. Dentre elas, estão as de Eduardo Bandeira de Mello (ex-presidente do Flamengo); Márcio Braga (ex-presidente do Flamengo); Walter Monteiro (concorreu no último pleito); e Ricardo Hinrichsen (concorreu no último pleito).
"9) Muito além das demissões em si, que, afinal, não chegam a ser uma novidade no ambiente do futebol brasileiro ou mesmo no Flamengo, o que chama atenção é a completa desídia do Sr. Presidente no trato da questão das elevadas multas contratuais. Afinal, se 1 treinador é demitido em média a cada 6 meses por conta de suas escolhas pessoais – e aqui não se invoca qualquer juízo de valor, mas sim a mera lembrança do cumprimento dos deveres estatutários indelegáveis - o mínimo que se deveria prever seriam mecanismos de proteção dos cofres do clube para reduzir ou evitar as multas astronômicas que o clube paga sem qualquer cerimônia", diz outro trecho do documento.
Outro trecho também fala do atual VP de futebol do clube, Marcos Braz. Os conselheiros citam que "não há como deixar de notar o evidente desacerto da manutenção da estrutura de comando do Departamento de Futebol, entregue ao associado Marcos Teixeira Braz". Além disso, lembram da recente briga do dirigente com um torcedor num shopping na Barra da Tijuca.
VEJA A NOTA DO FLAMENGO SOBRE O CASO
Esse é mais um ataque da oposição que, tentando ferir a gestão atual, ataca o próprio Flamengo.
Não cabe inquérito por conta de pagamento multa rescisória decorrente de demissão de treinador, porque, pelo Estatuto do Flamengo, a admissão e a demissão de treinadores são prerrogativas do presidente do Clube. Todos sabem, no Flamengo, que o presidente do clube tem plenos poderes estatutários em relação a contratos e distratos de prestação de serviço do Futebol. Podemos até, um dia, mudar o estatuto, mas desde sempre foi assim e só mesmo ataques políticos patéticos e oportunistas podem justificar esse pedido de inquérito.
É bom que se diga que, se fosse possível abrir inquérito, deveria ser aberto em face à gestão anterior do clube, que demitiu o treinador Dorival Júnior em 2013 (um dos 14 treinadores da gestão anterior) e não pagou a multa rescisória devida, gerando uma indenização de aproximadamente 14 milhões de reais (em valores históricos), que teve que ser paga em 2020 pela gestão atual. Ou seja, a maior indenização de treinador paga por esta gestão foi derivada da inépcia da gestão anterior – e não se viu pedido oportunista de inquérito.
Aos rubro-negros, fica a mensagem que a hora agora é de trabalho árduo para retomar o caminho das grandes vitórias as quais nos acostumamos nestes últimos quatro anos. Chega de politicagem pequena. O Flamengo é muito maior do que isto.
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