Publicado 29/11/2023 09:56 | Atualizado 29/11/2023 10:50
Rio - O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, defendeu a implementação da SAF no clube durante reunião do Conselho Deliberativo, na noite da última segunda-feira (27). Ao fim do encontro, que tinha o objetivo de aprovar um projeto de camisa popular para ser lançado no início de 2024, o mandatário rubro-negro defendeu o modelo de negócio como uma saída para que o time da Gávea financie seu estádio próprio e chegou a usar sua trajetória pessoal como exemplo.
Tudo começou quando um conselheiro, já no fim da reunião, questionou Landim sobre uma entrevista recente dele sobre uma possível SAF. Foi então que o presidente, que tem carreira de sucesso como empresário no ramo de petróleo, apresentou seus argumentos. As aspas foram divulgadas pelo site "Mundo Rubro-Negro".
"Você pode acreditar ou não, mas é uma discussão que eu acho que no futuro poderemos vir a ter com todos os sócios, e a decisão não vai ser minha, não vai ser sua, nós vamos ser dois votos, nós vamos ter todo o Flamengo para poder votar isso e decidir se ele entender que vale a pena. O Flamengo não é nem meu nem seu, o Flamengo é de todos nós que somos sócios proprietários do clube", iniciou Landim.
"Você tem que escolher o que você faz. Se você quer ter um estádio e não quer se endividar, você tem que chamar capital. E nada melhor do que chamar capital para o Flamengo no momento, mas não vendendo título a 15 mil reais, e sim captando recurso abrindo share de 500 mil reais por cada valor do título. É só isso que eu quero dizer. A forma de crescer patrimônio não é vender título por 15 mil ou 20 mil reais. É emitindo ações para diluir os sócios, mas mantendo o controle dos sócios, mas por um valor muito maior", completou.
O presidente ainda afirmou que não concorda com os modelos de SAF que foram adotados por Botafogo, Vasco e Cruzeiro.
"Eu acho que a gente pode fazer uma venda primária, só dilui a gente e entra mais capital, a gente poderia levantar todo o recurso necessário para a construção de um estádio sem nós perdermos valor nenhum. De mando, de governança dentro da SAF futebol, zero. Ele (o investidor) não vai poder fazer a bobagem, sabe por quê? Porque quem vai estar apontando quem vai ser o gestor da SAF vamos ser nós, não vai ser o presidente (do investidor). Vamos ser nós, a gente pode tirar ele a qualquer momento", afirmou o mandatário.
"Se você amanhã faz uma empresa Flamengo e dá para cada sócio proprietário uma ação de uma empresa chamada SAF, ele continua sendo sócio do clube, frequentando o clube. Ele vai continuar tendo o poder de definir isso que a gente estava definindo aqui, a cor da camisa, porque quem vai mandar no clube, ao contrário do que existe nos outros clubes, é o Flamengo", finalizou.
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