Publicado 21/02/2024 09:30
Rio - O técnico Tite gostou do que viu na goleada de 4 a 0 do Flamengo sobre o Boavista, na última terça-feira (20), no Maracanã, que garantiu a equipe nas semifinais do Campeonato Carioca com uma rodada de antecedência. Após a partida, o treinador exaltou o poder ofensivo e defensivo da equipe, que marcou 18 gols em nove jogos no Estadual e só foi vazada uma vez.
"Ele (Flamengo) se aproxima (do equilíbrio), tem como objetivo nesse início de formatação. Quando entra um jogador jovem só em uma equipe base já é uma situação diferente. Nós todos estamos ajustando, procurando esse equilíbrio. Em números, o saldo de gols elevado dá o indício de uma equipe equilibrada", declarou o treinador.
Apesar das inúmeras chances perdidas ao longo da partida contra o Boavista, Tite acredita que é um processo normal e que as finalizações serão aprimoradas ao longo da temporada.
"Uma grande atuação na iniciação, no processo de construção média e alta. Eu digo (no intervalo) para transformar em gol, ter mais calma, precisão. Mas é início, o atleta vai tomando melhor ritmo. Os externos estão voando. Bruno Henrique, Luiz Araújo e Cebolinha são sacanagem. Vai criando. O time jogando assim tem que fazer mais gols. Mas verticalizou o tempo todo, buscou o gol, pressionou de forma leal, competiu forte", afirmou.
Questionado sobre uma possível rivalidade entre Pedro e Gabigol, que disputam posição, o treinador minimizou o assunto.
"(Trabalhar essa situação) Com verdade. Pelo menos, com a minha verdade. Eu também estou pressionado. Minha atividade é exposta, e pressão o tempo todo. O atleta de alto nível também. Alguns torcedores gostam mais de um estilo ou de outro. Parte da torcida não vai querer ter o Tite como treinador, gostaria de ter outro. O que ela vai ter é a dignidade do trabalho, o que eles têm que ter é a dignidade do trabalho, concorrência leal, fazer o melhor e colocar a equipe acima. São dois grandes jogadores. Quando você tem a 9 ou a 10 nas costas, fica assim. Mas eles têm uma relação de conjunto que é mais importante do que a individualidade", disse o técnico rubro-negro.
4-3-3
"A equipe já está entrosada com os externos, joga sem pensar. A outra vai ter que aprender a jogar sem pensar. É criar rotina. Fez bons jogos assim também. Ter sim o que é importante, que é não jogar de um jeito apenas. Há jogos que que precisa mais de posse, de criatividade, pode jogar com o quarteto. Dá para ter o quarteto no meio e fluir. Futuramente vai ter as duas possibilidades".
Desfalques
"Mandar um abraço para o Gerson, que a gente está aguardando de braços abertos. As coisas vão se encaminhar bem. Allan em recuperação, o Erick da mesma forma. Quando o problema é saúde é o pior deles. Queremos estar com todos eles em condições, e que a dor de cabeça seja do técnico".
Base
"Não sou eu, por mais vaidosa que seja a oportunidade, é a base do Flamengo que trabalha bem seus atletas tanto na parte técnica quanto na disciplinar. Só ter cuidado de colocar esses jovens em uma equipe estruturada. A gente procura estruturar para que o atleta venha da base e não tenha um falso negativo ou positivo".
Líder do Campeonato Carioca, o Flamengo volta a campo no próximo domingo (25), às 16h, no Maracanã, contra o Fluminense, que tem os mesmos 21 pontos, mas saldo de gols menor. Em caso de vitória, o Rubro-Negro praticamente garante o título da Taça Guanabara.
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