Rio - Se não bastassem o péssimo desempenho ofensivo e a campanha ruim no Brasileiro, o Fluminense ainda tem um problema muito mais grave: a falta de dinheiro. Com um mês de salários atrasados de funcionários e jogadores (mais dois meses de direitos de imagem), sem pagamentos de fornecedores e dívidas com Maracanã e ex-jogadores, o Tricolor afunda cada vez mais na tabela e no caixa, sem perspectivas. Para completar, o presidente, Pedro Abad, sofre com a possibilidade real de impeachment.
Com tantos problemas para resolver ao mesmo tempo, o Fluminense se perde. A insatisfação dos jogadores aumenta a cada reunião sem uma solução de pagamento e piorou com o cancelamento do plano de saúde por falta de pagamento. Esse último problema, pelo menos, a diretoria resolveu este mês.
Sem dinheiro, Abad confia numa renda extraordinária oriunda da negociação de Richarlison para o Everton, que ainda não tem previsão de chegar aos cofres tricolores.
"A situação financeira não é boa. A administração está trabalhando para resolver, mas não adianta falar em prazo. As perspectivas são boas para resolver. Não estamos longe de resolver a questão Richarlison. Tenho uma ou outras situações, que envolvem negociações", afirmou o presidente.
Apesar da insatisfação, o elenco tricolor deu mais um voto de confiança ao dirigente. Jadson garante que os atrasos não influenciam no desempenho em campo.
"Situação chata. Todo funcionário trabalha com a intenção de receber. O presidente fez certo em comunicar, tem falado com a gente. Temos que nos doar, porque é a camisa do Fluminense e nossa carreira em campo", afirmou o volante.
Resta saber até quando os jogadores vão conseguir esperar pela quitação da dívida e se o problema não irá atrapalhar na reta final do Campeonato e Brasileiro.
Comentários