Rio - Não há nada de tão ruim que não possa piorar. Ainda mais no Fluminense. A três dias de decidir sua permanência na Série A do Brasileiro, os jogadores foram surpreendidos pela invasão de cerca de 40 torcedores no CT da Barra. O primeiro treino do auxiliar fixo Fábio Moreno nem tinha começado quando a confusão teve início e esquentou ainda mais o clima no clube antes da decisão contra o América-MG. O detalhe é que o técnico interino, em sua primeira entrevista coletiva, minutos antes, tinha pedido apoio aos torcedores porque "não era necessário cobrar mais".
Os jogadores ainda estavam no aquecimento quando foram surpreendidos pela entrada dos torcedores que, aos poucos, foram aumentando numericamente e chegaram bem próximos para gritar e cobrar. Marcos Junior foi um dos mais visados e teve que se retirar do campo. Já Gum, Júlio César e Digão, além de Fábio Moreno, conversaram e tentaram acalmar os ânimos. A imprensa também foi hostilizada. Em nota, o Fluminense repudiou a ação: "Esse não é o momento de manifestos que perturbem o ambiente e sim, de união para atingirmos nosso objetivo no domingo".
O clima tenso e de cobrança durou 20 minutos e causou mal-estar nos jogadores, já incomodados com as frequentes cobranças. Ou seja, mais um problema para o interino Fábio Moreno administrar antes da partida contra o América-MG.
Em sua primeira chance como técnico, o auxiliar que antes trabalhou como observador precisará encontrar soluções para acabar com a péssima fase e o jejum de oito jogos sem vencer e fazer gols.
Sem dar pistas sobre a escalação, Fábio Moreno avisou que não irá inventar. "Vai ser na base da conversa. O Fluminense não se encontra no lugar que deveria. Sinto a responsabilidade que tenho, mas também sei da competência e que o trabalho pode nos tirar dessa situação. O Fluminense precisa se impor. Nesses dois dias, vamos tentar colocar na cabeça do jogador que temos de ser protagonistas", afirmou.
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