Publicado 10/04/2023 16:52
Rio - O Fluminense conquistou o 33º título do Campeonato Carioca de uma maneira emblemática. Após perder o jogo de ida para o Flamengo por 2 a 0, tendo um jogador e o treinador expulsos, o Tricolor se impôs e conseguiu vencer o rival por 4 a 1, neste último domingo (9), no Maracanã, para se consagrar campeão pelo segundo ano consecutivo.
Suspenso pela expulsão no jogo de ida, o técnico Fernando Diniz foi substituído pelo auxiliar Eduardo Barros. Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (10), no CT Carlos Castilho, o treinador elogiou a preparação do Fluminense durante a semana e rasgou elogios ao trabalho realizado por toda a comissão técnica e pelos jogadores, destacando principalmente o fator mental.
"Um jogo de futebol é muito complexo e envolveu muitos fatores. Como perdemos o primeiro jogo por 2 a 0, tivemos que estudar e trabalhar muito, principalmente mentalmente. Foi uma vitória justa com imposição em todas as vertentes do jogo", disse Fernando Diniz, que também foi questionado sobre o duelo com Vitor Pereira, algoz na Copa do Brasil do ano passado pelo Corinthians.
"A imprensa disse que o Vitor Pereira deu nó tático. Mas onde teve nó tático? O Flamengo montou uma estratégia, teve chance de gol, mas nós também tivemos chances. O jogo teve uma arbitragem horrorosa que marcou tudo para eles. O Flamengo ganhou de 2 a 0, mas nós fomos superiores no primeiro tempo pela análise da imprensa. Eu não vi nó tático. E ontem também não teve", completou.
Após conquistar o primeiro título de expressão a nível estadual, Fernando Diniz começou a ganhar novos rótulos e tem recebido elogios, além de ser cogitado também para assumir a seleção brasileira. O treinador, no entanto, tenta manter os pés no chão e garante que, independente de título, busca somente oferecer as melhores condições para os seus jogadores crescerem dentro e fora de campo.
"Muitas vezes algumas críticas partem de um ponto que é justamente o que luto contra. Tem resultado, vem elogio. Tem derrota, vem crítica. Ganhar (um título) não vai mudar minha rotina. Só estou mais feliz. Todos os técnicos que não ganham, nunca são bons. Só quem ganha é enaltecido. Espero que isso mude. A gente não discute trabalho e ética", afirmou.
"O discurso das redes sociais estão cada vez mais exacerbados, sempre buscamos heróis e vilões, e isso prejudica. Jogador não é uma máquina. Meu desejo é que nós mudemos nosso olhar com futebol. Hoje devem estar falando bem de mim, mas não me conhecem no dia a dia. Se não se aprofundarem, vão sempre ficar discutindo a mesma coisa, sobre ganhar e perder. Isso empobrece muito o debate", finalizou.
Após a conquista do Carioca, o Fluminense se reapresentou no CT Carlos Castilho na manhã desta segunda-feira (10) para iniciar a preparação para a estreia na Copa do Brasil. O Tricolor recebe o Paysandu, na próxima quarta-feira (12), às 19h30 (de Brasília), no Maracanã, pela ida da terceira fase.
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