Cano celebra gol marcado pelo Fluminense na final da LibertadoresFoto: Marcelo Goncalves/Fluminense
Publicado 04/11/2023 19:45 | Atualizado 07/11/2023 16:20
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Rio - Um trauma de uma geração extirpado com sangue, suor e lágrimas. Assim, com a conquista da Libertadores, neste sábado contra o Boca Juniors, o Fluminense lavou a alma de milhões de torcedores que tiveram de lidar com a frustração de uma derrota que povoou suas mentes e suas vidas durante muitos anos. O mesmo palco, porém, com destinos diferentes, a história foi reescrita em verde, branco e grená.
A primeira vez que o torcedor do Fluminense viu de perto o sonho de conquistar a Libertadores aconteceu em 2008. Naquela ocasião, o Tricolor havia encerrado um jejum de 23 anos sem conquistar um título nacional. Era o retorno do clube carioca aquela competição, que só havia disputado em duas vezes, com participações tímidas.
Com um elenco superestrelado, o Fluminense mostrou que vinha para competir desde o começo da competição, quando fez a melhor campanha da fase de grupos, com direito a goleada de 6 a 0 no Maracanã sobre o Arsenal de Sarandí, o então campeão da Sul-Americana da época.
Posteriormente, o Fluminense deixou para trás três gigantes sul-americanos: Atlético Nacional, de Medelín, São Paulo e Boca Juniors. Os dois últimos com vitórias históricas no Maracanã. Vitórias inesquecíveis para uma geração, apesar do desfecho negativo posterior. Na derrota para a LDU, nos pênaltis, na decisão, algo mudou na vida do torcedor tricolor. A partir daquele dia, um sentimento de incompletude passou a dominar suas vidas.
Nem mesmo os títulos dos Brasileiros de 2010 e 2012, a construção da idolatria de um dos grandes da história do clube, Fred, que comandou conquistas, fez gols inesquecíveis, puderam exterminar de forma completa essa dor.
Porém, neste sábado, o dia 4 de novembro, tudo se fez novo para os tricolores. O mesmo palco, a mesma competição, não o mesmo rival, mas, um adversário importante daquela campanha, marcaram a redenção esperada e conquistada pelos pés de Germán Cano e John Kennedy, novos imortais para os corações dos torcedores. Agora sim, finalmente, depois de 15 anos, a alegria pode ser completa. A ferida foi fechada e o sonho feito realidade.
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