Fernando Diniz busca consagração de estilo em título inédito para o Fluminense

Rio - A temporada de 2023 será inesquecível para Fernando Diniz. Com o título do Carioca, ele encerrou o jejum de conquistas na carreira. No segundo semestre foi convidado para assumir a seleção brasileira e acumular a função como treinador do Fluminense. Porém, neste sábado, o treinador pode alcançar o seu maior momento na carreira. Na final da Libertadores contra o Boca Juniors, Diniz vai em busca de um título que poderá consagrar seu estilo e fazer com que ele suba um degrau na função de treinador.

Antes de chegar em 2022, Fernando Diniz teve uma passagem pelo Fluminense em 2019, quando chegou no início do ano para ajudar no projeto de reconstrução do clube. Entretanto, não conseguiu aplicar seu modelo de jogo naquela temporada, e, com 18 vitórias, 11 empates e 15 derrotas, o treinador foi demitido do Tricolor com 49,2% de aproveitamento e deixou o clube na zona de rebaixamento do Brasileirão daquele ano.

Após passagens cercadas por críticas por São Paulo, Santos e Vasco, Fernando Diniz retorna ao Fluminense em 2022 após a dispensa de Abel Braga. O treinador, que chegou sob muita contestação ao Tricolor, confessou que pediu ao presidente do clube, Mário Bittencourt, um novo voto de confiança e a sua contratação para o cargo deixado por "Abelão".

"Eu mandei uma mensagem para ele (Mário), nunca tinha feito isso. Sou muito discreto em relação a isso. Mas sempre tive uma relação muito boa com o Mário Bittencourt e o Paulo Angioni (diretor de futebol). E senti no meu coração que era hora de voltar ao Fluminense", revelou Diniz, em entrevista ao "GE".

Após mais de um ano depois de sua chegada, o Fluminense de Fernando Diniz chega para a final da Libertadores consolidado como um dos times com melhor futebol no Brasil. O Tricolor faturou o Campeonato Carioca de 2023 ao vencer o Flamengo na final e o bom desempenho de Diniz sob o comando do clube das Laranjeiras fez com que ele fosse convidado pela CBF para ser o treinador interino da seleção brasileira até a suposta chegada de Carlo Ancelotti em 2024.

O bom futebol do Fluminense foi demonstrado nesta edição da Libertadores. Talvez o maior exemplo da demonstração da força do "Dinizismo" foi a goleada por 5 a 1 do Tricolor sobre o River Plate pela terceira rodada da fase de grupos. Além disso, partidas soberanas do Tricolor como o 3 a 1 sobre o Olimpia, pela volta das quartas de finais, e jogos heroicos contra o Argentinos Juniors e Internacional, pelas oitavas e semifinais, respectivamente, mostram a capacidade de Fernando Diniz em conquistar um possível título inédito para o Tricolor.

Fernando Diniz chega para a final da Libertadores com um aproveitamento de cerca de 54,7% nesta segunda passagem pelo Fluminense, com 58 vitórias, 20 empates e 28 derrotas em 106 partidas disputadas. O treinador definiu a conquista da "Glória Eterna" como um sonho, e garantiu que o Tricolor dará o máximo para isso.

"É o sonho que todo mundo fala. É o sonho de conseguir o máximo que possamos conseguir juntos. Sonhamos juntos. Vamos continuar sonhando", comentou Diniz.

A grande final da Libertadores entre Fluminense e Boca Juniors acontece neste sábado (4), às 17h, no Maracanã. O Tricolor vai em busca de seu primeiro título da competição, enquanto o argentino sonha com sua sétima conquista do torneio.