Após a conquista da Libertadores, John Kennedy deu um abraço forte no técnico Fernando DinizLucas Mercon/Fluminense
Publicado 06/11/2023 08:00
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Por muitos anos os Moleques de Xerém foram os salvadores das finanças do Fluminense, mas agora são decisivos na maior conquista. Dos 17 jogadores que estiveram em campo pelo Tricolor na vitória por 2 a 1 na prorrogação sobre o Boca Juniors, na final da Libertadores, cinco são revelações de Xerém. Além do herói John Kennedy, André, Martinelli, Marcelo e Marlon também estiveram em campo.
O atacante saiu do banco para fazer o gol da vitória aos 8 minutos do primeiro tempo da prorrogação, coroando uma história de redenção. De garoto problema a decisivo, John Kennedy marcou nos quatro confrontos de mata-mata desta Libertadores. Além do Boca, garantiu o 2 a 0 sobre o Argentinos Juniors, fez no 3 a 1 sobre o Olimpia, empatou o jogo antes da virada sobre o Internacional, e, agora, garantiu título.
Já André e Martinelli reeditaram uma parceria dos tempos do sub-20 e foram destaques do jogo, em especial pelas atuações no primeiro tempo. O volante da seleção brasileira, aliás, foi um dos principais nomes da campanha na Libertadores e, apesar das muitas propostas, permaneceu no clube.
Martinelli, por outro lado, precisou recuperar espaço e o bom futebol para conquistar a confiança de Fernando Diniz para ser o titular na grande final.
"Foi momento difícil depois da lesão na final do Carioca. Todo mundo conversava muito comigo, Diniz me chamou pra conversar. eles viam que eu trabalhava para caramba. Mentalmente melhorei muito. Falei que estava pronto para essa nova chance e fui feliz", disse Martinelli, exaltando a parceria com André:
"Jogar ao lado dele é sempre orgulho. Não sei se vamos tê-lo por muito tempo aqui . Torço muito por ele, que voe o mais alto possível. Nos treinos a gente brinca, conversa e se fala e se ajuda. Ele me deu muita força nos momentos difíceis. Quando vimos que iríamos jogar juntos, nos abraçamos e falamos que seríamos campeões juntos. foi muito forte e conseguimos fazer esse legado".
Martinelli foi escolhido para ser o titular do Fluminense na final da Libertadores - Marcelo Gonçalves/Fluminense
Martinelli foi escolhido para ser o titular do Fluminense na final da LibertadoresMarcelo Gonçalves/Fluminense

Marlon e Marcelo, os mais experientes da base

Ao contrário das outras três jovens revelações, Marlon e Marcelo já têm mais rodagem, foram vendidos e retornaram neste ano para conquistar o primeiro título pelo clube que os revelou. E acabaram entrando para a história.
Decisivo na final do Campeonato Carioca, ao abrir o placar na histórica goleada por 4 a 1, Marcelo teve atuação mais tímida contra o Boca Juniors, mas ainda assim comemorou a Libertadores como a conquista mais importante da carreira, mesmo com cinco Liga dos Campeões no currículo, entre outros títulos.
"Eu tinha uma dívida com o Fluminense. Estava escrito, não tem o que falar. Hoje o Fluminense é campeão da Libertadores", disse Marcelo ainda no campo.
E Marlon, que passou por clubes de Espanha, Itália, França e Ucrânia, entrou no segundo tempo para ajudar a segurar o ataque do Boca. Ao retornar às origens aos 26 anos para retomar a carreira, conquistou o título que tanto queria para ficar marcado no Fluminense.
"É inexplicável, estou em êxtase. Realmente é emocionante demais. Toda a trajetória na Europa bem conturbada, voltar para o Brasil, no time que me formou, e onde me sinto super bem, e ser campeão... Escrever essa história é maravilhoso demais", celebrou.
 
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