Paulo Borrachinha tem apenas mais uma luta restante em seu contrato com o UFC(Foto: Reprodução)
Publicado 23/12/2022 15:00 | Atualizado 23/12/2022 15:36
Um dos principais nomes do Brasil em ação no UFC na atualidade, Paulo Borrachinha parece ter entrado definitivamente em litígio com o Ultimate. Durante a quarta-feira (21), o brasileiro participou do programa “The MMA Hour”, nos Estados Unidos, e falou sobre a batalha por maior valorização financeira diante da organização liderada por Dana White, aumentando ainda mais o tom na “guerra” com a franquia.

A última grande polêmica foi sobre uma possível luta contra Robert Whittaker, no UFC 284, em março de 2023. Há poucos dias, a duelo, que ainda não estava confirmado, foi oficialmente descartado. Borrachinha explicou que não aceita lutar novamente para ganhar US$ 70 mil (R$ 326 mil) e mais US$ 70 mil por vitória – que segundo ele, é o mesmo valor que recebe desde 2017, quando assinou com a franquia. O ex-desafiante ao cinturão ainda tem mais uma luta no seu contrato com o Ultimate.

“Mick Maynard me perguntou se eu gostaria de enfrentá-lo (Whittaker). Então, eu disse: ‘Claro, posso lutar com ele. Mas agora vamos falar sobre os termos (financeiro)’. E só aconteceu isso, nós não avançamos depois disso. Eles não me mandaram um contrato. Eles só falaram: ‘Se você quer enfrentar o Whittaker, vamos fazer essa luta’. Mas eu não posso fazer essa luta contra o número um ou número dois (da divisão), um cara de alto nível, pelo mesmo dinheiro que eu tenho recebido desde 2017. Não faz sentido”, disse o mineiro.
Luta entre Robert Whittaker e Paulo Borrachinha está cancelada - (Foto: Reprodução UFC)
Luta entre Robert Whittaker e Paulo Borrachinha está cancelada(Foto: Reprodução UFC)


Na sequência, Borrachinha disparou contra o UFC e disse que a organização se aproveita do desejo dos brasileiros de competir para dar contratos com valores mais baixos do que os atletas realmente merecem. Ele também citou a desvalorização do real frente ao dólar como um ponto favorável ao Ultimate.

“Eu acho que eles só oferecem contratos com números muito baixos para os brasileiros. Eu não sei o que eles pensam. Talvez eles pensem: ‘Ah, esses filhos da put* vivem no Brasil, na selva, eles não precisam de dinheiro de verdade, porque a moeda vale cinco vezes menos que o dólar. Vamos pagar migalhas para eles’. E foi o que eu disse antes. A mentalidade dos brasileiros é: ‘Ok, eu concordo. Vamos fazer isso’. Eu fiz isso e eu sei que os brasileiros fazem muito isso. ‘Eu não ligo contra quem eu vou lutar, em que posição meu oponente está no ranking’. Mas isso é péssimo para os negócios”, encerrou Borrachinha.
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