Publicado 05/01/2023 09:00 | Atualizado 27/02/2023 16:15
Ex-campeão e integrante do Hall da Fama do UFC, Chuck Liddell foi uma das maiores estrelas do MMA entre o fim dos anos 90 e a primeira década dos anos 2000. Porém, hoje aos 53 anos, o lutador vem enfrentando alguns problemas fora do cage.
Aposentado desde 2018, quando voltou a lutar após oito anos parado e perdeu para o rival Tito Ortiz por nocaute, Liddell trava desde o ano passado uma batalha judicial com a sua ex-esposa, Heidi Liddell, pela guarda dos filhos. E durante o processo, Heidi revelou que o ex-lutador sofre de encefalopatia traumática crônica – também conhecida como "demência pugilística".
"Ele foi nocauteado várias vezes e tem CTE. Ele não consegue lembrar das coisas e fica preso na fala. Ele vai ter demência ou Alzheimer. Ele tem uma apneia do sono terrível também", afirmou a ex-esposa de Liddell, que também o acusa de agressão, abuso de álcool e drogas.
O caso de "demência pugilística" envolvendo Chuck Liddell não é o único, e diversos ex-lutadores sofrem da doença, em especial os de MMA e Boxe. Em 2019, o brasileiro Wanderlei Silva, outra lenda das artes marciais, admitiu ter chances de sofrer do problema.
"Estive em uma palestra sobre concussão e de dez sintomas que o cara deu, oito eu tinha. Por exemplo: alteração de humor, esquecer algumas coisas, dificuldade no sono... No nosso tempo, eu, por exemplo, acreditava que quanto mais soco você tomava, você aguentava mais. E é ao contrário: quanto mais socos você leva, menos você aguenta", disse Wanderlei ao site Portal do Vale Tudo.
Aposentado desde 2018, quando voltou a lutar após oito anos parado e perdeu para o rival Tito Ortiz por nocaute, Liddell trava desde o ano passado uma batalha judicial com a sua ex-esposa, Heidi Liddell, pela guarda dos filhos. E durante o processo, Heidi revelou que o ex-lutador sofre de encefalopatia traumática crônica – também conhecida como "demência pugilística".
"Ele foi nocauteado várias vezes e tem CTE. Ele não consegue lembrar das coisas e fica preso na fala. Ele vai ter demência ou Alzheimer. Ele tem uma apneia do sono terrível também", afirmou a ex-esposa de Liddell, que também o acusa de agressão, abuso de álcool e drogas.
O caso de "demência pugilística" envolvendo Chuck Liddell não é o único, e diversos ex-lutadores sofrem da doença, em especial os de MMA e Boxe. Em 2019, o brasileiro Wanderlei Silva, outra lenda das artes marciais, admitiu ter chances de sofrer do problema.
"Estive em uma palestra sobre concussão e de dez sintomas que o cara deu, oito eu tinha. Por exemplo: alteração de humor, esquecer algumas coisas, dificuldade no sono... No nosso tempo, eu, por exemplo, acreditava que quanto mais soco você tomava, você aguentava mais. E é ao contrário: quanto mais socos você leva, menos você aguenta", disse Wanderlei ao site Portal do Vale Tudo.
No Boxe, a "demência pugilística" foi a vilã de nomes como Maguila, Éder Jofre e o lendário Muhammad Ali, por exemplo. Conhecida há mais de 80 anos, ela é o estágio final de uma doença cerebral crônica e progressiva, caracterizada por uma alteração neurológica que ocorre pelo efeito cumulativo de traumas cerebrais repetitivos - as pancadas na cabeça. Por essa razão, a doença é mais frequente em lutadores profissionais, tornando-se evidente geralmente após vários anos do término de sua carreira - os boxeadores amadores também podem apresentar sintomas e sinais de uma lesão cerebral crônica, porém mais leve.
Sobre os sintomas, o Dr. Paulo Miorali falou: "Os sintomas da demência do pugilista podem ser apresentados por alterações motoras, cognitivas ou psíquicas. Inicialmente surgem alterações caracterizadas por tremores e discreta falta de coordenação, conciliados a mudanças de humor, e estágios de euforia ou depressão. Posteriormente, as alterações motoras podem se acentuar, caracterizando um quadro parkinsoniano, além de um agravamento também na parte psiquiátrica, com impulsividade, inadequação do comportamento, inclusive sexual, e agressividade", finalizou.
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