Zé Mario Sperry elogiou impacto do Grand Slam no Jiu-Jitsu (Foto: Reprodução)
Publicado 07/06/2023 15:00 | Atualizado 07/06/2023 16:50
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Neste final de semana o mundo do Jiu-Jitsu voltará sua atenção para a Arena Carioca 1, no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, onde acontece, nos dias 10, 11 e 12 de junho, a tradicional etapa carioca do Abu Dhabi Grand Slam. A expectativa da organização é receber cerca de 1.200 atletas, entre faixas-roxa, marrom e preta, na disputa por mais de R$ 7,5 milhões em premiação.

A etapa vale pontos no ranking da federação Abu Dhabi Jiu-Jitsu Pro (AJP), que credencia os melhores atletas da temporada para o World Pro, considerado a Copa do Mundo do Jiu-Jitsu e programado para o início de novembro, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Importante peça na engrenagem da AJP, Zé Mário Sperry exaltou o impacto que os eventos itinerantes da federação exercem na comunidade.

"O Grand Slam, por ser um evento grandioso e itinerante, facilita muito a vida do atleta, até porque a maioria são amadores, não tem condição de bancar os custos com passagem, visto, hotel e alimentação. Então, é muito importante para o fomento do esporte nós podermos oferecer grandes eventos em diferentes partes do mundo", destacou o faixa-preta de Carlson Gracie.

"Quanto mais eventos, melhor. Sem dúvida um evento do porte do Grand Slam é um ativo muito forte em qualquer lugar do mundo. Só fico chateado em não ter tantas oportunidades, tantos eventos grandiosos como este na minha época. Tive muita sorte de participar do ADCC, mas um campeonato de pano dessa grandiosidade fez falta", complementou o veterano.

Zé Mário teve um papel fundamental na implementação do Jiu-Jitsu em Abu Dhabi. Tudo começou em 1998, quando através de suas fitas VHS de instrução foi convidado pelo Sheik Tahnoon para lutar o ADCC, que até hoje é o maior evento de grappling do mundo. Sperry sagrou-se o primeiro campeão ouro duplo, ou seja, venceu peso e absoluto. Nas edições seguintes, retornou para superlutas.

O faixa-preta se tornou referência na seleção de professores de Jiu-Jitsu brasileiros que deram início ao processo de implementação da modalidade nas escolas, forças armadas, polícia e equipe de segurança da família real. Benquisto, Sperry, ao lado de Carlos Santos, indicado por ele para dar aulas no clube do Sheik Mohammed, sugeriram a criação da AJP, para promover eventos de quimono, como o Grand Slam.

"Uma história curiosa é que na mesma época do primeiro evento da AJP acontecia a primeira edição da Fórmula 1 nos Emirados Árabes. Uma semana antes, na realidade. Na Fórmula 1, o Sheik mandou o secretário dele entregar o troféu ao campeão. No campeonato de Jiu-Jitsu, o Sheik Mohammed foi pessoalmente e ficou por 6, 7 horas assistindo às lutas, emocionado", relembrou Zé Mário.

Atualmente a AJP é uma das principais federações de Jiu-Jitsu do mundo, tendo promovido eventos em todos os seis continentes do planeta. Somente o Grand Slam, ao longo da temporada, tem etapas em Miami, Tóquio, Xangai, Sydney, Londres e Abu Dhabi. No Brasil, em 2023, Fortaleza-CE, Gramado-RS, Balneário Camboriú-SC, Belém-PA e Macapá-AP foram palcos da AJP Tour.

"É uma satisfação enorme poder ver o caminho que o Jiu-Jitsu tem tomado e para onde ele está se direcionando, podendo oferecer uma competição grandiosa, com uma estrutura fantástica, além de premiações em dinheiro para tentar prospectar atletas renomados para engrandecer ainda mais o evento. Essa valorização dos atletas é de grande importância. A AJP está de parabéns", exaltou Sperry.
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