Eduardo Cordeiro Guimarães é árbitro de Futebol, faixa-preta de Jiu-Jitsu e competidor(Foto: Reprodução)
Publicado 10/06/2023 13:00 | Atualizado 10/06/2023 18:30
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Se tivesse que optar entre a carreira de árbitro de Futebol ou lutador de Jiu-Jitsu, qual você escolheria? Lidar com a pressão dentro de campo, vaias e xingamentos das arquibancadas não parece fácil. No entanto, entrar em um tatame contra um adversário especialista na arte suave também não chega a ser muito convidativo.

Para Eduardo Cordeiro Guimarães, 41 anos, a resposta é fácil: as duas. O carioca, que é árbitro de Futebol há 20 anos - 10 deles pela CBF -, integra o quadro da Federação de Futebol de Santa Catarina e viaja o Brasil competindo Jiu-Jitsu. Na última sexta-feira (9), ele participou do Abu Dhabi Grand Slam do Rio de Janeiro e conquistou o terceiro lugar na categoria faixa-preta master 3, divisão até 77kg.

“Felicidade muito grande, estou chegando agora na faixa-preta, lutando contra uns caras experientes, com 10, 15 anos de preta às vezes. Então essa medalha de bronze é como se fosse de ouro para mim. Minha relação com o Jiu-Jitsu é antiga, fui faixa-verde mais novo. Então poder estar vivendo tudo isso hoje depois de tanto tempo é muito gratificante”, comemorou Eduardo.

Subir no pódio na sua primeira participação como faixa-preta no Abu Dhabi Grand Slam - organizado pela AJP - foi um marco na curta trajetória de Eduardo como lutador. No entanto, no mundo da bola o árbitro acumula alguns episódios marcantes. O principal deles envolve um dos maiores ídolos da história do esporte. Em 2012, durante um clássico entre Flamengo e Fluminense, ele expulsou o craque Ronaldinho Gaúcho, na época com a camisa rubro-negra, ainda no 1º tempo. Apesar de polêmica, ele garante não se arrepender da decisão.

“A gente tem que ter coragem e fazer o que tem que ser feito. Foi uma entrada dura e ele já tinha amarelo”, relembrou ele.

A firmeza e a postura intransponível dentro de campo sempre acompanharam Eduardo ao longo de sua carreira futebolística. Características que, segundo ele, foram herdadas dos anos de Jiu-Jitsu.

“A parte disciplinar da luta é fundamental. É necessário ter um autocontrole muito grande para ser árbitro, ter uma postura rígida e ser confiante nas tomadas de decisão. Isso tudo, sem dúvidas, o Jiu-Jitsu me ajudou muito e me ajuda até hoje”.

O Abu Dhabi Grand Slam do Rio de Janeiro acontece na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, até o próximo domingo (11), quando serão realizadas as lutas dos faixas-preta no adulto. Neste sábado (10), aconteceram as disputas nas faixas-roxa e marrom.
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