Publicado 19/09/2023 09:00 | Atualizado 19/09/2023 13:57
Atualmente aos 51 anos, o faixa-preta brasileiro Marcus Vinícius, mais conhecido como Frank, chegou na França em 2019 para viver com sua família e ajudar no desenvolvimento do Jiu-Jitsu. Desde então, ele vem trabalhando em prol da arte suave, colhendo os frutos hoje em dia após um início difícil.
Criado na Nova União, no Rio de Janeiro, onde foi formado por Dedé Pederneiras e Rafael Carino, Frank pegou sua faixa-preta em 2008, mas antes também praticou Judô, Taekwondo e Boxe Tailandês. Recentemente, o brasileiro, que ao se estabelecer na França fundou a Frank Jiu-Jitsu Team, foi tema de um curta-metragem feito para uma faculdade francesa de Cinema.
Em entrevista, Frank, há quatro anos na França, celebrou a oportunidade, que vem abrindo ainda mais portas para ele, que atualmente dá aulas em seis dojos, para cerca de 150 alunos.
"Quando cheguei tinha a intenção de desenvolver o trabalho que eu tinha no Brasil. Para mim, era uma honra seguir os passos dos pioneiros artistas marciais que tinham que sair da sua cidade ou país para recomeçar todo o processo. Continuo a seguir todos os preceitos das artes marciais que sou apto e confiante a ministrar. Para desenvolver o Jiu-Jitsu brasileiro em qualquer parte do mundo seria fácil, era o que eu esperava. Mas onde eu finquei meu habitar não era bem assim. Muito desconhecimento até mesmo daqueles que praticavam, sobre a cultura da arte bem como respeito (o mais importante), o tratamento e o crucial, as técnicas", relembrou o faixa-preta, que prosseguiu:
"Digo que foi difícil demais, mas com a experiência e muita paciência, comecei o desenvolvimento do que eu esperava. Com uma grata surpresa, um grupo de estudantes de Cinema fizeram um trabalho de quatro meses para um curta-metragem onde fui escolhido. Eram seis filmes a serem exibidos na sala Utopia, onde o nosso seria o primeiro a ser mostrado. Todos eram sobre pessoas que faziam a cidade mexer, andar e funcionar. Me sinto muito orgulhoso, uma vez que cheguei aqui sem domínio da língua, sem equipe e direção. Obrigado França e aos meus alunos pela confiança e acolhimento".
Assista AQUI ao curta-metragem
Faixa-preta 4º grau, Frank começou a treinar em 1994. Anos depois, viu a oportunidade de sair do Brasil para trabalhar com Jiu-Jitsu, cogitou Portugal, mas acabou indo parar na França por conta da sua esposa, para hoje viver uma grata surpresa.
"Inicialmente eu iria para Portugal, mas sentei com o Carino e o Dedé, a gente conversou sobre, tive ainda outras propostas, mas como a minha mulher é franco-brasileira, acabamos chegando num consenso. Fui para o Sul da França, nem sabiam o que era o Jiu-Jitsu brasileiro lá, mas topei a ideia e comecei a desenvolver o meu trabalho, inclusive abrindo a minha própria academia".
Criado na Nova União, no Rio de Janeiro, onde foi formado por Dedé Pederneiras e Rafael Carino, Frank pegou sua faixa-preta em 2008, mas antes também praticou Judô, Taekwondo e Boxe Tailandês. Recentemente, o brasileiro, que ao se estabelecer na França fundou a Frank Jiu-Jitsu Team, foi tema de um curta-metragem feito para uma faculdade francesa de Cinema.
Em entrevista, Frank, há quatro anos na França, celebrou a oportunidade, que vem abrindo ainda mais portas para ele, que atualmente dá aulas em seis dojos, para cerca de 150 alunos.
"Quando cheguei tinha a intenção de desenvolver o trabalho que eu tinha no Brasil. Para mim, era uma honra seguir os passos dos pioneiros artistas marciais que tinham que sair da sua cidade ou país para recomeçar todo o processo. Continuo a seguir todos os preceitos das artes marciais que sou apto e confiante a ministrar. Para desenvolver o Jiu-Jitsu brasileiro em qualquer parte do mundo seria fácil, era o que eu esperava. Mas onde eu finquei meu habitar não era bem assim. Muito desconhecimento até mesmo daqueles que praticavam, sobre a cultura da arte bem como respeito (o mais importante), o tratamento e o crucial, as técnicas", relembrou o faixa-preta, que prosseguiu:
"Digo que foi difícil demais, mas com a experiência e muita paciência, comecei o desenvolvimento do que eu esperava. Com uma grata surpresa, um grupo de estudantes de Cinema fizeram um trabalho de quatro meses para um curta-metragem onde fui escolhido. Eram seis filmes a serem exibidos na sala Utopia, onde o nosso seria o primeiro a ser mostrado. Todos eram sobre pessoas que faziam a cidade mexer, andar e funcionar. Me sinto muito orgulhoso, uma vez que cheguei aqui sem domínio da língua, sem equipe e direção. Obrigado França e aos meus alunos pela confiança e acolhimento".
Assista AQUI ao curta-metragem
Faixa-preta 4º grau, Frank começou a treinar em 1994. Anos depois, viu a oportunidade de sair do Brasil para trabalhar com Jiu-Jitsu, cogitou Portugal, mas acabou indo parar na França por conta da sua esposa, para hoje viver uma grata surpresa.
"Inicialmente eu iria para Portugal, mas sentei com o Carino e o Dedé, a gente conversou sobre, tive ainda outras propostas, mas como a minha mulher é franco-brasileira, acabamos chegando num consenso. Fui para o Sul da França, nem sabiam o que era o Jiu-Jitsu brasileiro lá, mas topei a ideia e comecei a desenvolver o meu trabalho, inclusive abrindo a minha própria academia".
A virada de chave para o projeto do faixa-preta brasileiro de crescer o Jiu-Jitsu em território francês - especialmente no Sul - começou em 2020, com a legalização do MMA no país. Hoje em dia, Paris e outras grandes cidades já possuem diversas academias, e após a edição do Europeu da IBJJF na França, este ano, o esporte vem se desenvolvendo ainda mais.
"Hoje eu dou aula em seis dojos, tenho mais de 150 alunos e a ideia é seguir crescendo, difundindo nossa arte suave aqui. O curta ajudou nesse processo, e além disso, os alunos de Cinema ficaram amarradões. Acabaram gravando por quatro meses e treinando por quatro meses comigo também. Depois do filme a procura por aulas começou a crescer muito, só em um dojo foram 80 inscritos, então com certeza foi uma iniciativa bacana e que alavancou o meu trabalho", encerrou o faixa-preta, que deixou um agradecimento final:
"Obrigado aos meus professores, Haroldo Cunha, Emmanoel Maranhão, Raimundo José, Dedé Pederneiras e Rafael Carino, que contribuíram para eu alcançar o que consegui hoje".
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